ADUBAÇÃO ADICIONAL E MANEJO PODEM ELEVAR A PRODUTIVIDADE

Uma prática de plantio ainda incipiente em grandes municípios produtores de soja em Mato Grosso, como Lucas do Rio Verde, Campo Verde e Sorriso, já aponta ganhos de produtividade significativos nas duas últimas temporadas. Ensaios feitos pela Fundação MT há oito anos em sua área experimental de Itiquira, município na região sul do Estado, já comprovam que ampliar a adubação com nitrogênio em áreas de milho safrinha que antecedem o plantio de soja superprecoce e precoce em período de primeira safra pode aumentar o rendimento da oleaginosa em quatro a cinco sacas por hectare.
Segundo Leandro Zancanaro, diretor do Programa de Monitoramento e Adubação da Fundação MT, também é possível incrementar a produtividade do próprio milho safrinha em 10 a 20 sacas por hectare.
"Já temos dados que nos mostram que em solos quimicamente corrigidos, ao adicionar mais ou menos 30 quilos de nitrogênio na área de milho, é possível produzir mais sacas por hectare tanto de soja quanto do próprio milho, mas é não é tão simples como parece", afirma Zancanaro.
O especialista da Fundação MT deixa claro, porém, que a prática não é "mágica" e não se associa única e exclusivamente ao uso adicional de fertilizantes nas lavouras. Também depende de um bom manejo de solos e condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento de qualquer planta, como boa quantidade de água e insolação.
"Essa prática ainda é muito recente e, por enquanto, está restrita a agricultores que são muito detalhistas no seu controle operacional e que são mais abertos a tecnologias", acrescenta Leandro Zancanaro.

FONTE: Valor Econômico


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