Depois
de muito ensaiar, finalmente saiu do forno a primeira coluna do site
Brasil Agrícola. À partir de hoje, estarei publicando
mensalmente um artigo relacionado às “coisas do campo”. Esse
espaço chamado “Agri & Cultura” vai discutir diversos
assuntos ligados ao mundo agrícola. O nome desta coluna representa a
proposta que temos para levar até você, caro leitor! Afinal, as
práticas desenvolvidas no campo, nos mais diversos modelos de
sistemas de produção estão repletas de valores culturais. Faremos
uma discussão, principalmente, nos assuntos que envolvem a
agricultura, daí a representatividade do nome “Agri”, adotado
nessa coluna.
A
palavra “Cultura” assume diversos significados em nossa língua
portuguesa. De acordo com o dicionário Aurélio do Brasil, cultura
pode ser: Ação ou maneira de cultivar a terra ou as plantas;
cultivo: a cultura das flores. / Desenvolvimento de certas espécies
microbianas: caldo de cultura. / Terreno cultivado: a extensão das
culturas. / Categoria de vegetais cultivados: culturas forrageiras. /
Arte de utilizar certas produções naturais: a cultura do algodão.
/ Criação de certos animais: a cultura de abelhas. / Fig. Conjunto
dos conhecimentos adquiridos; a instrução, o saber: uma sólida
cultura. / Sociologia - Conjunto das estruturas sociais, religiosas
etc., das manifestações intelectuais, artísticas etc., que
caracteriza uma sociedade: a cultura inca; a cultura helenística. /
Aplicação do espírito a uma coisa: a cultura das ciências. /
Desenvolvimento das faculdades naturais: a cultura do espírito. /
Apuro, elegância: a cultura do estilo. / Cultura de massa, conjunto
dos fatos ideológicos comuns a um grupo de pessoas consideradas fora
das distinções de estrutura social, e difundidos em seu seio por
meio de técnicas industriais. / Cultura física, desenvolvimento
racional do corpo por exercícios apropriados.
É muito abrangente, não é mesmo? Pois é, temos a intenção de trabalhar nessa coluna a cultura do pequeno produtor, a cultura da agroecologia, a cultura dos empresários rurais, a cultura social e econômica de cada sistema, as influências da cultura social sobre a produtividade agrícola, as culturas (espécies) de plantas, as culturas agrícolas regionais, entre tantas outras. A ideia é conhecer, divulgar, questionar, opinar e buscar soluções para as diversas questões agrícolas que surgem a cada dia no nosso País. Desde já, lhe convido a ser colaborador da coluna “Agri & Cultura” enviando críticas, sugestões de assuntos a serem abordados e opiniões sobre os textos apresentados. A participação e interação com nosso leitor é sempre muito construtiva e faz de cada um de nós um pouco mais sábios. A proposta é compartilhar conhecimento, portanto, entre em contato conosco pelo e-mail brasilagricola@mail.com e envie uma mensagem para a nossa coluna. Mostre para o Brasil sua cultura, mostre para o Mundo o seu jeito de ser “Agri” e cuidar da terra!
É muito abrangente, não é mesmo? Pois é, temos a intenção de trabalhar nessa coluna a cultura do pequeno produtor, a cultura da agroecologia, a cultura dos empresários rurais, a cultura social e econômica de cada sistema, as influências da cultura social sobre a produtividade agrícola, as culturas (espécies) de plantas, as culturas agrícolas regionais, entre tantas outras. A ideia é conhecer, divulgar, questionar, opinar e buscar soluções para as diversas questões agrícolas que surgem a cada dia no nosso País. Desde já, lhe convido a ser colaborador da coluna “Agri & Cultura” enviando críticas, sugestões de assuntos a serem abordados e opiniões sobre os textos apresentados. A participação e interação com nosso leitor é sempre muito construtiva e faz de cada um de nós um pouco mais sábios. A proposta é compartilhar conhecimento, portanto, entre em contato conosco pelo e-mail brasilagricola@mail.com e envie uma mensagem para a nossa coluna. Mostre para o Brasil sua cultura, mostre para o Mundo o seu jeito de ser “Agri” e cuidar da terra!
BNDES ABRE FINANCIAMENTO PARA PEQUENO PRODUTOR AGROECOLÓGICO
Mulheres,
jovens, quilombolas, indígenas, demais povos e comunidades
tradicionais e agricultores familiares que cultivam a terra com base
no sistema de produção agroecológico ou orgânico podem preparar
seus projetos para edital que será publicado dentro de um mês.
A
partir do dia 17 de fevereiro, estarão abertas as inscrições para
o edital de Chamada Pública do Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) e da Companhia Nacional de Abastecimento
(Conab) nº 002/2013, no valor de R$ 15 milhões, voltado para o
fortalecimento de cooperativas ou associações de produtores rurais
de base familiar. As inscrições ficarão abertas até 31 de março.
No total, o governo federal investirá R$ 712 milhões, até 2016, em
medidas voltadas aos povos e comunidades extrativistas da região
Amazônica.
Objetivos
Os
investimentos serão aplicados em estruturação de circuitos locais
e regionais de produção, beneficiamento, processamento,
armazenamento e comercialização, com o objetivo de melhorar suas
condições de atuação no mercado governamental de alimentos, como
o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) ou para o Programa
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). O edital segue as
diretrizes do Programa de Fortalecimento e Ampliação das Redes de
Agroecologia, Extrativismo e Produção Orgânica (Ecoforte), em
complementação às ações previstas no âmbito do Plano Nacional
de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo).
FONTE:
Ministério do Meio Ambiente.
MONSANTO REJEITA ROTULAGEM INDICANDO TRANSGÊNICOS
Investidores
da companhia de agronegócio Monsanto rejeitaram, na reunião anual
de acionistas nessa terça, dia 28, em Nova York (EUA), uma proposta
que forçaria a empresa a indicar em rótulos a presença de
ingredientes geneticamente modificados, depois de gastar milhões
fazendo lobby contra isso em nível estadual. Os votos a favor
representaram apenas 4% das ações da Monsanto.
A
proposta, no entanto, levou o executivo-chefe da companhia, Hugh
Grant, a discutir pessoalmente com alguns críticos ferozes das
práticas de negócios de sua empresa, coisa que a Monsanto quase não
fazia no passado.
–
Nós simplesmente não nos envolvemos no nível em que deveríamos
com todos os nossos públicos e, por isso, pedimos desculpas. Há um
reconhecimento de que precisamos fazer mais – disse Grant na
reunião.
Do
lado de fora, manifestantes contra transgênicos se reuniam entre
carros enfeitados com legumes gigantes e brilhantes. Durante a
reunião, o executivo enfrentou críticas de vários advogados de
consumidores que escarneceram da empresa por promover o uso de
pesticidas e utilizar a sua influência para encobrir as origens dos
alimentos. Os advogados disseram representar proprietários de ações
da Monsanto.
Os
esforços de alguns acionistas para obter o apoio da empresa à
rotulagem de organismos geneticamente modificados (OGMs) ocorrem após
defensores de tais medidas lutarem contra empresas agrícolas e de
alimentos, que têm argumentado que a rotulagem elevará o custo dos
alimentos e dará a impressão de que os produtos agrícolas
cultivados a partir de sementes transgênicas não são seguros.
Na
semana passada, legisladores do Estado norte-americano de New
Hampshire rejeitaram um pedido de rotulagem de OGMs, após um
plebiscito altamente controverso em Washington em novembro ter
decidido contra a indicação na embalagem. Maine e Connecticut,
enquanto isso, já aprovaram leis que exigem esse tipo de rótulo,
embora a medida não entre em vigor até que outros Estados aprovem
medidas semelhantes. Há propostas semelhantes pendentes em outros
Estados.
–
Neste momento, há um movimento crescente para rotular alimentos
geneticamente modificados. A Monsanto escolheu infelizmente resistir
aos direitos do povo americano – disse Dave Murphy,
diretor-executivo da Food Democracy Now!, que apresentou a proposta
de rotulagem na reunião da Monsanto na terça.
Grant
respondeu que a Monsanto apoia a rotulagem "voluntária" de
alimentos produzidos com ingredientes geneticamente modificados. Essa
abordagem, segundo ele, é mais justa para os consumidores que não
estão tão preocupados com a genética do grão que vai em seu
cereal matinal ou que alimenta o gado a partir do qual é produzido
um bife. A reunião de acionistas – a primeira da empresa a ser
transmitida pela internet – também atraiu a presença de
apoiadores da Monsanto.
Justin
Danhof, conselheiro geral para o Centro Nacional de Pesquisa de
Políticas Públicas, criticou o que chamou de uma "campanha de
ciência lixo" contra alimentos biotecnológicos. Ele sugeriu à
Monsanto que assuma a ofensiva e liste seus cientistas como
porta-vozes para falar no rádio e outros meios de comunicação e
"explicar questões e responder perguntas do público". O
CEO da Monsanto elogiou a ideia.
FONTE:
Estadão Conteúdo.
PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO EM COOPERATIVISMO FOCA JOVENS E MULHERES
O
governo federal vem investindo no aprimoramento de jovens e mulheres
que atuam no setor cooperativista dos biomas Semiárido e Amazônia.
A partir de projetos aprovados em dezembro do ano passado, 305 jovens
e 335 mulheres, de um total de 6.277 pessoas, incluindo 330
dirigentes, serão capacitadas com os recursos disponibilizados pelo
Chamamento Público 002/2013.
Os
objetivos das 10 propostas aprovadas são, majoritariamente, gestão
e capacitação da juventude e das mulheres. O intuito é ampliar a
participação destas categorias, além de integrar as redes
cooperativas disseminando os conceitos de sustentabilidade econômica,
social e ambiental.
“Os
Biomas Semiárido e Amazônia têm forte demanda em estruturação de
sistemas de organização social e, por esta razão, foram
priorizados”, explica o Secretário de Desenvolvimento Agropecuário
e Cooperativismo, Caio Rocha. Foram destinados R$ 944.37,32 para
repasse às instituições, por meio do Departamento de
Cooperativismo e Associativismo Rural/Denacoop da Secretaria de
Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo.
FONTE:
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
PESQUISA DO PARANÁ INCENTIVA O COMBATE ALTERNATIVO DE PRAGAS
O
forte cheiro do alho é a arma utilizada por professores e alunos do
Centro de Ciências Agrárias da Universidade Estadual de Londrina
(CCA/UEL), no Paraná, para evitar o uso de agrotóxicos nas
plantações de morango, fruta altamente suscetível aos venenos. O
cultivo do morango em consórcio com a produção de alho é uma das
técnicas alternativas incentivadas pela instituição junto a
agricultores da região para o controle de pragas e doenças.
O
sistema também se mostra menos agressivo ao meio ambiente. O
objetivo é a redução da população de ácaro rajado. A praga
atinge as folhas da planta, causando apodrecimento. O resultado é o
encurtamento do período produtivo da planta e, consequentemente,
altos prejuízos financeiros. O forte cheiro do alho repele este
inseto.
–
A técnica tem grande potencial de redução da população dessa
praga – explica o responsável pela pesquisa Fernando Teruhiko
Hata, mestrando do Programa de Pós-graduação em Agronomia da UEL.
Hata
conta que o consórcio do morango com alho já é adotado por
pequenos produtores de Pinhalão e Jandaia do Sul. As regiões,
segundo ele, estão entre os maiores produtores de morango do Estado.
O pesquisador reforça que a técnica reduz o uso de agrotóxicos ao
mesmo tempo em que a produção de alho surge como fonte de renda
alternativa ao produtor. Também já foram testados o plantio do
morango com manjerona, orégano, funcho e cebolinha; mas o alho
apresentou melhores resultados.
Mosca
branca
O
plantio do tomate junto com manjericão e coentro é outra estratégia
pesquisada pelo grupo do CCA. A alternativa é adotada no combate à
mosca branca. O inseto causa sérios danos à produtividade do
tomate. O método também é adotado por pequenos produtores rurais
das cidades de Primeiro de Maio e Jaguapitã.
–
Foi possível observar a redução de 60% a 70% a população da
mosca branca – diz o pesquisador Mateus Gimenez Carvalho, aluno de
doutorado do Programa de Pós-Graduação em Agronomia da UEL.
Ele
explica que a mosca branca é uma praga transmissora de vírus que
prejudica o desenvolvimento da planta. O coentro e o manjericão são
cultivados ao lado ou entre as mudas do tomate. São ervas que
liberam odor característico, mantendo o inseto distante da planta. A
técnica, segundo Carvalho, também favorece a entrada de predadores
naturais da mosca branca, como aranhas e besouros e um parasitoide,
uma espécie de vespa minúscula que se instala dentro dos ovos da
mosca.
–
Os resultados da pesquisa são satisfatórios, já que a técnica é
um aditivo a mais no controle da praga que causa danos à produção
de tomate – aponta. Outra vantagem é a redução significativa na
aplicação de agrotóxicos.
–
Se o agricultor aplica o veneno a cada três dias, ele passa a
aplicar uma quantidade menor – conclui o doutorando.
Pequenos
agricultores
Estas
são práticas simples e baratas que geram benefícios no combate a
pragas e doenças. Outra vantagem é a geração de renda ao pequeno
produtor.
–
São inseridas plantas no sistema de cultivo que terão função de
repelir as pragas. As soluções simples e eficientes são retiradas
da própria natureza – explica Maurício Ursi Ventura, professor do
Departamento de Agronomia, do CCA, e orientador das duas pesquisas.
As
técnicas são direcionadas aos pequenos agricultores da produção
orgânica de frutas e hortaliças, produtos cultivados sem
agrotóxicos. A meta é testar métodos alternativos que auxiliem o
agricultor a reduzir de maneira gradativa o uso de agrotóxicos.
–
Os agricultores estão ávidos por alternativas, por isso a
importância do trabalho conjunto das universidades, atuando junto
aos pequenos produtores por meio dos projetos de extensão – afirma
o professor.
A
expectativa, segundo ele, é inserir áreas de produção na Fazenda
Escola. O objetivo é trazer os produtores de Londrina e região para
conhecer de perto as técnicas pesquisadas pelos alunos.
– Também
é preciso criar espaços alternativos na cidade de comercialização
dos produtos orgânicos – completa o professor.
FONTE:
Agência de Notícias do
Paraná
COMBUSTÍVEIS DIESEL S1800 E S50 ESTÃO PROIBIDOS NO BRASIL
Desde
o dia 1º de janeiro os combustíveis diesel S1800 e S50, usados em
caminhões, estão proibidos no Brasil. A resolução da Agência
Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) foi
publicada em dezembro e faz parte do Programa de Redução de Emissão
de Poluentes, que começou ainda em 2009. Os postos de combustíveis
têm prazo de 90 dias para comercializar os estoques adquiridos até
31 de dezembro.
Os
óleos diesel S1800 e S50 vão ser substituídos pelos tipos S10 e
S500. Os combustíveis já são encontrados em cerca de 12 mil postos
de revenda, em todo o país. Com a mudança, os setores que dependem
do transporte de cargas, como a agricultura e a pecuária, já podem
esperar um aumento no valor do frete. Segundo coordenador do
movimento pró-logística da Aprosoja, Edeon Vaz Ferreira, os novos
combustíveis são 5% mais caros do que os vendidos anteriormente.
–
O combustível é responsável por 50% do custo de transporte. Como
ele impacta em 50%, existe a previsão do aumento do valor do diesel
com a troca de 5%. Então, ele poderá provocar o aumento de 2,5% no
custo do frete. Isso, obviamente, é repassado ao custo do frete –
disse.
Especialistas
afirmam que a troca não vai comprometer a logística do país, já
que os dois tipos podem ser usados por toda a frota, que hoje é de
cerca de 2,5 milhões de caminhões.
–
É um combustível que pode ser usado em qualquer veículo, inclusive
os mais antigos, então, não teremos problemas – destaca.
–
Sem dúvida é uma vitória. O Brasil com a comercialização do S10
se alinha em qualidade aos países mais avançados, como Estados
Unidos e União Europeia. Então passamos a contar com um elemento
positivo para o transporte brasileiro – salienta o diretor
executivo da Confederação Nacional do Transporte, Bruno Braz.
Os
óleos S10, que contém biodiesel, e S500, têm menor teor de enxofre
e reduzem em até 90% a emissão de poluentes. Além dos benefícios
ao meio ambiente, eles apresentam rendimento melhor, podendo diminuir
o consumo em 15%.
–
Na prática vai depender da distância percorrida, da forma de
condução, das condições das rodovias e também do carregamento.
Existe uma série de fatores que podem impactar se esse percentual
vai ser maior ou menor – conclui Braz.
FONTE:
Canal
Rural
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