PRODUTORES DE MATO GROSSO ECONOMIZAM COM A COMPRA ANTECIPADA DE ADUBO

A maioria dos agricultores de Mato Grosso já comprou os insumos para a safra que só será plantada no segundo semestre. Produtores que fecharam negócio antecipadamente se beneficiaram.
Há 37 anos, o agricultor Dorair André Dognani se dedica à agricultura em Rondonópolis, no sul de Mato Grosso. Ele reservou a área de 5,5 mil hectares para o próximo plantio da soja e comprou em março o adubo necessário para a lavoura.
A maioria dos produtores de Mato Grosso antecipou as compras de fertilizantes. “Da cultura da soja já tem praticamente 95% do produto negociado. Inclusive, produtores fizeram a aquisição da safrinha que é pós-soja, seja milho, algodão ou outra cultura”, explica o empresário Miguel Weber dos Santos.
Mato Grosso é o estado que mais consome fertilizantes no país. Um levantamento feito pela ANDA, Associação Nacional para a Difusão de Adubos, indica que foram entregues 6,8 milhões de toneladas ao consumidor final entre janeiro e abril em todo o país. Deste volume, quase 20% foi direcionado para os agricultores mato-grossenses.
Uma indústria de fertilizantes de Rondonópolis planeja entregar 70 mil toneladas de adubo por mês até setembro, quase o dobro do ano passado. Os caminhões formam filas para carregar.
A agricultora Juliana Xavier, que planta soja em Itiquira, no extremo sul de Mato Grosso, comprou o adubo na segunda quinzena de março. Na propriedade dela serão plantados três mil hectares de soja. A produtora já comercializou cerca de 15% da lavoura, o que ajudou na compra antecipada do adubo.
Os insumos, como sementes, fertilizantes e defensivos, são o que mais pesam no custo de produção do sojicultor. A compra antecipada ajuda na proteção da renda. “Este custo representava 52% em março. A gente teve uma alta significativa entre março e abril, de cerca de 22%. Em maio, a gente teve uma recuperação do dólar, fazendo com que houvesse uma nova alta de 5% no preço, chegando os insumos a representar a fatia de 56% do custo total das lavouras”, explica Otávio Celidônio, agrônomo do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária.

FONTE: Portal G1 - Global Fert
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