A ministra do
Meio Ambiente, Izabella Teixeira, firmou nesta quinta, dia 28, um compromisso
com representantes da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e
Alimentação (FAO) e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)
de trabalhar em conjunto com a agricultura brasileira para encontrar os
caminhos para conciliar o acesso aos ecogenéticos (que resulta na predisposição
genética em responder de diferentes maneiras a fatores ambientais) em produção
de alimentos e inovação tecnológica. O objetivo da reunião foi discutir metas
de biodiversidade e o Protocolo de Nagoia, segundo maior pacto ambiental desde
o Protocolo de Quioto.
– Isso vem
conciliando tanto o que está na parte de alimentos da FAO e na Convenção da
Diversidade Biológica. Foi uma excelente reunião e temos muito trabalho pela
frente. Estamos falando da biodiversidade que nós temos e de como poderemos
produzir a partir do aprimoramento tecnológico e do conhecimento genético com
mais sustentabilidade – disse a ministra.
De acordo com
o secretário executivo de Conservação da Diversidade Biológica da ONU, Bráulio
Dias, é preciso reforçar o debate sobre a legislação ambiental nacional, já que
o Brasil é um dos poucos países que têm leis ambientais.
– Há pelo
menos 15 países com essa legislação, mas em todos, e o Brasil não é uma
exceção, essa lei foi muito voltada para proibir a biopirataria e não para
estimular o acesso aos ecogenéticos e à pesquisa e ao desenvolvimento
tecnológico. Se não houver isso, não teremos novos produtos e benefícios que
possam ser repartidos – destacou.
Para Dias, é
preciso incentivar esse desenvolvimento e a comercialização de produtos para
gerar riquezas.
– A riqueza
deve ser melhor compartilhada para que os países de onde são originários esses
recursos também se beneficiem e possam melhorar seu esforço de conservação
desse material para o futuro – apontou.
FONTE: Agência Brasil