Roberta
Silveira
Tremembé
- SP
O arroz faz
parte do cardápio do brasileiro. O mais conhecido é o branco, tipo agulhinha.
Produtores do Vale do Paraíba, em
São Paulo , região referência na produção de tipos especiais,
estão investindo no arroz preto, grão que está ganhando o mercado e o gosto do
consumidor. Para chegar ao arroz ideal, foram, em média, sete anos de pesquisa.
O riziculotor José Francisco Ruzene, produtor de Pindamonhangaba, no interior paulista,
investiu em arroz especial e explica que esse tipo de grão tem ciclo menor e é
mais sensível.
Da plantação,
o arroz de Ruzene vai direto para a fábrica. Depois de ser descascado e
selecionado, o arroz preto é embalado a vácuo, o que conserva o grão por mais
tempo e com mais qualidade. Na fábrica, são produzidas 300 toneladas do
produto, mas ao todo, a empresa comercializa 10 tipos diferentes e cerca de 600
toneladas por ano. Através da embalagem, é possível ver que o produto é
diferenciado.
Os tipos de
arroz especiais mais conhecidos são basmati, cateto, jasmine, arborio, mini,
além das versões integrais. Os restaurantes são os principais compradores, mas,
aos poucos, o arroz integral vai ganhando o mercado externo. Ruzene conta que
exportou arroz para a França e já tem participação confirmada em uma feira nos
Estados Unidos para expor o produto.
Na panela, é
fácil perceber porque o arroz é chamado de especial. O colorido nos pratos
resulta em um efeito que instiga o paladar. Em Tremembé, no Vale do Paraíba, a
Festa do Arroz tem a proposta de mostrar que arroz não é tudo igual e de que é
possível fazer variadas receitas com o grão na cozinha. A organizadora da
feira, Marisa Amaral, destaca que o arroz especial é uma opção de renda para o
produtor que tem dificuldades de produzir o arroz branco, além de ser ideal
para criação de pratos diferentes e muito saborosos.
FONTE: Canal Rural