O
Distrito Federal pode ser a sexta unidade federativa do país a ter a
presença da cochonilha-rosada. O inseto originário da Ásia suga a
seiva das plantas e pode provocar sérios prejuízos econômicos a
culturas como feijão, soja, milho e citros. A prevenção deve ser
feita no transporte de plantas ornamentais. O inseto pode chegar a
três milímetros e é encontrado em colmeias.
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Ela suga a seiva da planta, retarda seu crescimento e causa prejuízos
à produção, com redução na produção de frutos ou depreciação
do valor do produto – explica o fiscal do Departamento de Sanidade
Vegetal do Ministério da Agricultura, Ricardo Raski.
A
praga foi encontrada em 200 culturas no mundo. Ela surgiu no Brasil
em 2011, em plantas ornamentais em Roraima. Hoje, já foi
identificada em São Paulo, Mato Grosso e em lavouras de cacau no
Espírito Santo e na Bahia, onde o prejuízo na produção do fruto é
estimado em 30%. No Distrito Federal, há suspeita da presença do
inseto em plantas ornamentais. Amostras colhidas em hibiscos serão
analisadas pela Embrapa, e o resultado deve sair em uma semana. Se a
suspeita for confirmada, a Secretaria da Agricultura vai estender
para as lavouras a fiscalização que hoje acontece apenas na zona
urbana.
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Passaremos a fazer levantamento em outras culturas hospedeiras, como
feijão, citrus e algumas hortaliças. Pode acontecer um dano
econômico gigantesco, então, nosso objetivo é prevenir – conta a
chefe de Defesa Vegetal da Secretaria de Agricultura do Distrito
Federal, Lara Line.
Depois
de instalado na lavoura, o inseto é controlado através de inimigos
naturais, como a joaninha, ou com uso de defensivos químicos. O
Ministério da Agricultura, no entanto, recomenda que os Estados
façam o monitoramento da praga, já que ela é disseminada
facilmente pelo transporte de plantas e vegetais.
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Por meios naturais, como vento e água, o deslocamento da cochonilha
é muito lento. O principal transportador é o homem, quando carrega
plantas que não tenham sido tratadas ou fiscalizadas – destaca
Raski.
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O produtor precisa ser aliado da fiscalização, se identificar uma
suspeita na lavoura, que comunique os órgãos de defesa – conclui
Lane.
FONTE:
Fernanda Farias - Canal Rural