A questão dos
índices de produtividade veio à tona na campanha eleitoral, com a divulgação do
programa de governo de Marina Silva, que prevê a atualização dos indicadores,
mecanismo usado para arrecadação de terras para fins de reforma agrária.
O setor rural é contra, argumentando que a
metodologia dos índices se configura num enorme erro histórico. De acordo com
lideranças do agro, o modelo considera tão somente o volume físico do que é
produzido como critério de verificação, ignorando as mais diversas variáveis
econômicas, sociais, climáticas, regulatórias e políticas a que os produtores
estão sujeitos.
Entretanto,
independentemente da fala de Albuquerque, até o momento não se tem notícias de
mudança no trecho dos índices no programa de governo de Marina, e os dirigentes
do setor rural alimentam a expectativa de que, ao menos, a candidata vocalize o
discurso de seu vice.
Ministério da Agricultura enfraquecido
Em relação ao
Ministério da Agricultura, Albuquerque ressaltou que a pasta perdeu força e
respeito. “O ministério enfraqueceu-se politicamente, perdendo prestígio junto
à presidência.” No que diz respeito ao Código Florestal, outro assunto
espinhoso entre o setor e Marina, Albuquerque assinalou que a lei está feita, e
que o desafio agora é implantá-la. “O desmatamento tem que ser zero se for
ilegal”, acentuou.
Albuquerque
falou ainda sobre o segmento sucroenergético, que em sua análise foi dizimado.
“O governo virou às costas para o setor”, acrescentando que o subsídio à
gasolina é um erro, e que é preciso diálogo também com a indústria
automobilística para se discutir a eficiência dos motores com o uso de etanol.
FONTE: SouAgro - Ronaldo Luiz, de Campinas (SP)