GEADA NEGRA AFETA PRODUÇÃO NO SUL DO BRASIL

PROJETO DE LEI 3777/12 PREVÊ ENERGIA ELÉTRICA TRIFÁSICA PARA PRODUTOR RURAL


Segundo Romero Rodrigues as ligações monofásicas, normalmente realizadas nas áreas rurais, trazem diversos obstáculos para os produtores, os equipamentos que utilizam motores elétricos monofásicos são mais caros que os trifásicos, exigindo investimentos iniciais mais elevados por parte dos produtores rurais. “Além disso, essas máquinas monofásicas possuem rendimento inferior, o que eleva as contas de energia elétrica, aumentando os custos de produção e reduzindo a competitividade das pequenas propriedades”, afirma.
Na Câmara tramita o Projeto de Lei 3777/12, do ex-deputado Romero Rodrigues (PB), que permite ao produtor agropecuário beneficiado pelo programa Luz para Todos optar pela conexão trifásica à rede elétrica. A matéria tramita em caráter conclusivo e será examinada pelas comissões de Minas e Energia; de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

FONTE: Rural Centro

FERTILIDADE DO SOLO: SISTEMA VIVO E PRODUTIVO


Marcelo Pimentel
Dia de Campo

         A partir de janeiro e durante todo o período de colheita da safra de verão 2012/2013, muitos agricultores, independentemente dos resultados alcançados nas lavouras de soja e milho, irão fazer um balanço de sua performance produtiva em busca do que é passível de ajuste, de aperfeiçoamento. Vão pensar nos defensivos, na genética das sementes, nos fertilizantes, no manejo da lavoura e vão até olhar para o céu pensando no clima. O solo também será observado, mas a questão é saber se será compreendido.
        Mais do que um elemento isolado, a fertilidade do solo é, na verdade, um sistema que deve ser interpretado de forma integrada e indissociável da atividade agrícola. De acordo com o pesquisador Djalma Martinhão, da Embrapa Cerrados, é possível afirmar que o sistema de fertilidade do solo é responsável por 50% do resultado de uma lavoura (ouça a íntegra da entrevista e saiba mais).

A parcela de milheto que aparece em 1º plano é sem adubação, portanto, sem produção de biomassa necessária, como consequência o teor de matéria orgânica do solo é baixo. Nas parcelas laterais e mesmo ao fundo verifica-se boa cobertura de biomassa, devido a essas parcelas serem adubadas

        Cobertura eficiente do solo, busca constante pela elevação do teor de matéria orgânica, adoção de critérios para coleta de amostras de solo seguindo o tipo de adubação realizada, são algumas das medidas que integram esse sistema que deve ser observado de forma ininterrupta. O solo deve ser percebido e monitorado como uma espécie de banco de fertilidade, que tem “entrada” e “saída” de nutrientes. Mas além disso, que também tem vida própria com a atividade microbiana, estimulada sobretudo pela quantidade de biomassa ali presente.
        Nessa época do ano, às vésperas do início do plantio da próxima safra de verão, quase nada pode ser feito para melhorar a fertilidade do solo. O trabalho, de acordo com Martinhão, já deveria ter sido todo feito. Contudo, o que se vê é que a maior parte das propriedades não está coberta com resíduos de culturas anteriores e portanto pouca biomassa no sistema.
Mesma área alguns meses depois

        “É o que eu gostaria de ver, mas não vejo. O que vemos é o uso do plantio convencional em metade das propriedades. As áreas estão nuas. O produtor gradeou, incorporou o pouco que havia de resto de cultura para poder semear a cultura subsequente. Essas áreas vêm, comprovadamente, perdendo em produtividade quando comparadas a áreas de plantio direto. Em um comparativo com soja, as áreas sem essa cobertura têm uma performance 30% inferior às áreas com plantio direto. No milho, diferença chega a 10%”, explica o pesquisador sobre o contexto da região dos Cerrados.
        Trabalhar o sistema de forma planejada é o ideal e é o que se recomenda. Ao optar apenas por “apagar incêndios”, suprindo pontualmente às necessidades que vão aparecendo, há prejuízos. Nas propriedades onde a atividade é bem planejada, as taxas de retorno líquido, bem como a produtividade das lavouras são sempre superiores também.



FONTE: Portal Dia de Campo

QUANTO VALE O AMBIENTE?


Ciro Antonio Rosolem
Professor Titular, Faculdade
de Ciências Agronômicas,
UNESP, Botucatu, membro do CCAS

Parece ponto pacífico que: se a sociedade como um todo se beneficia da conservação do ambiente ou dos serviços ambientais, é a sociedade quem deve pagar pelo serviço, não o agricultor. Esse ponto ainda está obscuro em toda discussão do Código Florestal brasileiro, uma vez que o ônus parece que recairá nos produtores rurais. Por exemplo: quem pagará pela recomposição da reserva florestal e matas ciliares que foram legalmente cortadas? Isto não está certo.
Olhemos para um exemplo ocorrido recentemente na Holanda. A atividade agrícola estava reduzindo o número de ninhos de pássaros numa determinada área. Ao invés de gritos pela imprensa, denúncias pela TV ou gritos de “veta Dilma”, os técnicos do governo, universidades e ONGs se reuniram com os agricultores para achar uma solução. A solução acordada resultou em perda de produção e, portanto, de renda. Foi estabelecido um consórcio, com a participação de todos interessados. Os agricultores se engajaram na resolução do problema, reduzindo a atividade. Em contrapartida, recebem um valor em euros como compensação pela perda de produtividade resultante da preservação. Evidentemente isso precisa ser fiscalizado, ou seja, as regras estão sendo cumpridas? A estratégia tem resultados positivos? Mas, quem fica encarregado do controle? O próprio consórcio, através de técnicos contratados, além de voluntários e os próprios agricultores. E agora o principal: quem paga por tudo isso? Quem se beneficia é a sociedade como um todo, assim o governo assume a conta. Alguém pode imaginar como isso seria resolvido se acontecesse no Brasil?
Apesar do número de interessados no assunto ambiente, o Brasil ainda engatinha quando se trata de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). Ou seja, vamos preservar, sou amigo do ambiente, desde que outro pague a conta. Há algumas iniciativas estaduais e apenas uma em nível federal. Mas o PSA em si fica fora, com exceção do Estado de São Paulo, onde o pagamento por serviços ambientais é um dos instrumentos de ação da Política Estadual de Mudanças Climáticas, de 2009. No conjunto de ações previstas aparece o Projeto Mina d’Água, lançado em 2011, que prevê uma compensação no caso de preservação de nascentes consideradas importantes para o abastecimento público. Note que não se fala em agricultura ou produção de alimentos. Assim, isso ainda está muito, muito longe de compensação por renda cessante, o que vai ocorrer daqui por diante. Qual o valor previsto? De R$ 75,00 a R$ 300,00 que cada agricultor poderia receber por mina por ano. Agora, um pouco de aritmética. Se para cada mina for necessário preservar perto de 1 ha, o valor pode ser menor que o arrendamento de 1 ha de pasto degradado. Minha gente, quanto vale o ambiente, menos que um pasto degradado?
É necessário mais seriedade no trato de assuntos importantes. Necessário é preservar o ambiente, necessário é preservar o agricultor. Para isso há necessidade de se regulamentar o PSA em todas as regiões brasileiras, estabelecendo-se valores razoáveis, que remunerem minimamente mais esse serviço a ser prestado pela agricultura.

FONTE: Grupo Cultivar

PRODUTORES BRASILEIROS DE ARROZ DEVEM MIGRAR PARA SOJA E O MILHO, AVALIA ECONOMISTA


Os produtores brasileiros devem migrar do arroz para a soja e o milho, que atualmente estão oferecendo retornos maiores, projetou o economista sênior do Conselho Internacional de Grãos (IGC) Darren Cooper nesta sexta, dia 28.
A produção de arroz do Brasil deve somar em torno de 7,8 milhões de toneladas em 2012/2013, número que indica redução de 10% ante projeção anterior e queda marginal em relação ao ano safra passado, disse Cooper, nos bastidores da Conferência Mundial do Arroz, em Bali, na Indonésia. Já a safra de soja brasileira deve ser recorde e somar entre 75 e 80 milhões de toneladas, se o clima for favorável. Os preços internacionais de milho e soja atingiram máximas recordes nas últimas semanas. As informações são da Dow Jones.

FONTE: Agência Estado

DILMA SANCIONARÁ MP DO CÓDIGO FLORESTAL SEM VETOS, DIZ RELATOR


Contrariando a expectativa da maioria dos parlamentares, o relator do Código Florestal no Senado, Luiz Henrique (PMDB-SC), acredita que a presidente Dilma Rousseff deve sancionar sem vetos o texto aprovado pelos senadores na terça, dia 25. O senador Luiz Henrique e o senador Jorge Viana dividiram a relatoria da matéria no Senado.
Luiz Henrique entende que as modificações feitas no texto recuperaram alguns "valores ambientais", como a preservação dos 50 metros a partir da área úmida da vereda, as áreas de preservação dos rios intermitentes, que estavam fora, e a área de 15 metros nos raios d''água e nas nascentes. Ele prevê que, se houver vetos, serão em "questões laterais" e não nas "questões centrais" votadas no Congresso.
– Acredito que a presidente Dilma vai sancionar, até porque foi fruto de um grande entendimento, de uma grande convergência nas duas Casas do Congresso. O código ia virar um ornitorrinco e nós salvamos o código – prevê.
O senador disse que o acordo no Congresso ampliou o benefício para as propriedades médias, reduzindo o limite mínimo de 30 para 20 das demais propriedades e "estabelecemos o benefício de até 10 módulos fiscais para 15 módulos fiscais".
– O acordo relativamente às propriedades médias foi estabelecido na hora, tinha 18 emendas e nós íamos perder – revelou. Luiz Henrique ressalvou, porém, que se a presidente vetar não será anormal.
– Faz parte do processo legislativo, uma lei só se torna exigível quando a presidente sanciona ou veta, isso faz parte do processo legislativo, é natural – disse. Na sua avaliação, a presidente teve razão em vetar em maio as mudanças feitas na Câmara porque - segundo ele - elas modificaram "a grande convergência, o grande entendimento que tínhamos feito com o governo e com as lideranças dos deputados na Câmara".
– O texto que a presidente vai receber tem uma força muito grande do parlamento, é um texto equilibrado, que mantém as diretrizes que a presidente estabeleceu na medida provisória, apenas estabeleceu alguns pontos de negociação aqui no Congresso – avaliou Luiz Henrique.
O projeto de lei de conversão da medida provisória do Código Florestal foi aprovado na última terça, dia 25, pelo plenário do Senado. Agora o texto segue para sanção presidencial.

FONTE: Agência Estado

EMBRAPA ENTREGA SEMENTES DE MILHO TRADICIONAL AO POVO INDÍGENA DO XINGÚ


A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, uma das 47 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, através de uma ação do Projeto "Fortalecimento cultural e conservação de alimentos tradicionais no Parque Indígena do Xingu", devolveu ao povo indígena Kayabi (aldeia Ilha Grande, Parque Indígena do Xingu, MT) sementes de milho tradicionais, que os índios não possuíam mais em função de fatores de dinâmica cultural e de manejo de suas roças. As sementes foram entregues no final de agosto de 2012, época próxima ao início do ano agrícola de 2012/2013, e serão úteis não apenas à aldeia Ilha Grande, mas também para outras aldeias Kayabi do Xingu.
Essa ação é representativa do ponto de vista científico, pois marca o fim de um ciclo (coleta de amostras – conservação – recuperação – devolução). As sementes de milho foram coletadas no ano 2000, em parceria com a Fundação Nacional do Índio – FUNAI, com o objetivo de mapear a situação agrícola das aldeias do Parque Indígena do Xingu. Em 2001, foram enviadas à Embrapa Milho e Sorgo, Sete Lagoas, MG, onde foram incorporadas ao sistema de conservação de milho, nas câmaras de conservação daquela Unidade.
– Em 2010, recebemos uma carta dos índios Kayabi das diversas aldeias do Parque Indígena do Xingu, solicitando ajuda para recuperarem variedades tradicionais de milho que haviam perdido. Em 2012, na véspera de se iniciar o ano agrícola de 2012/2013, as sementes foram, então, entregues diretamente ao cacique Siranhu e sua comunidade da aldeia Ilha Grande – conta o pesquisador Fábio Freitas

Embrapa e povos indígenas

A ação mostrou ainda que, mesmo em uma aldeia muito comprometida com a manutenção dos seus cultivos tradicionais como é o caso da Kayabi, fatores internos e externos podem levar a perda de produtos agrícolas. E é neste espaço que a Embrapa, dentro de sua missão de conservar recursos genéticos para o futuro, pode se inserir com competência e ajudar.
As sementes devolvidas servirão não apenas para a aldeia Ilha Grande, mas também para outras etnias Kayabi do Xingu. A divisão e entrega serão feitas pelo cacique Siranhu, em função da dinâmica cultural daquele povo.

FONTE: RuralBR – Com informações da EMBRAPA

GENE DE CAFÉ RESISTENTE À SECA JÁ ESTÁ EM TESTE EM CULTURAS COMERCIAIS



Pesquisa realizada pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), instituições participantes do Consórcio Pesquisa Café, identificou um gene do café arábica que quando transferido para outra planta – Arabidopsis thaliana – tornou esta altamente tolerante à seca. O gene agora está sendo testado em outras plantas de interesse agronômico, como soja, milho, trigo, cana de açúcar, arroz e algodão. O Consórcio tem seu programa de pesquisa coordenado pela Embrapa Café, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
– A expectativa, como ocorreu com os resultados obtidos com uma planta modelo, é que o gene confira tolerância prolongada à estiagem também para essas outras culturas. A transgenia tem o potencial de transferir genes entre espécies diferentes e expressar corretamente as características conferidas pelo gene, neste caso, mantendo a produtividade mesmo na ausência de condições favoráveis, como a escassez de água – diz o pesquisador Eduardo Romano, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.
O otimismo com relação ao uso de genes modificados em todas as variedades testadas deverá ser comprovado com os resultados da pesquisa no campo, previsto para o próximo ano.
– Se tudo ocorrer conforme esperado, em cinco anos a agricultura brasileira terá mais um aliado para superar problemas climáticos, como a temperatura elevada e o déficit hídrico, que ameaçam a produtividade no campo – adianta o pesquisador.
A expressão do gene de resistência a seca está em observação em laboratório. Após o nascimento das primeiras plantas transgênicas, as sementes serão novamente testadas em laboratório para posteriormente, a partir de uma seleção das melhores amostras, serem testadas em campo.
Além da expectativa de aumento ou manutenção dos níveis de produção econômica e de desenvolvimento social, os pesquisadores envolvidos no estudo acreditam que com o cultivo de plantas resistentes à seca será possível reduzir os impactos ambientais provocados pela atividade, uma vez que abre perspectivas de menor consumo de água.
Pesquisadores compararam variedades de café tolerantes e suscetíveis à seca e identificaram um gene diferencial. Esse gene foi isolado e transferido por ferramentas de engenharia genética para plantas de outra espécie – Arabidopsis thaliana. As plantas de arabidopsis que receberam o gene de café foram submetidas a um regime de 40 dias sem água e permaneceram saudáveis enquanto plantas que não receberam o gene morreram após 15 dias. A patente do gene foi registrada no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

Origem do gene resistente a seca

É consequência do trabalho, realizado em parceria por instituições participantes do Consórcio Pesquisa Café e pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo – Fapesp, de mapeamento de 200 mil sequências de DNA, dos quais mais de 30 mil genes foram identificados como responsáveis por diversos mecanismos fisiológicos de crescimento e desenvolvimento do cafeeiro. Desse manancial genético, saiu o gene identificado e testado pelos pesquisadores, denominado CAHB12. A decifração do código genético do café, o genoma café, foi pioneirismo brasileiro e colocou o Brasil na vanguarda das pesquisas em café.
Esse banco de dados, o maior do mundo para o grão, está à disposição das dezenas de instituições que compõem o Consórcio Pesquisa Café, distribuídas em 14 estados brasileiros. As informações estão guardadas pela Rede de Genomas Agronômicos e Ambientais da Fapesp e pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.

Benefícios do genoma café

O domínio do código genético tem tornado possível o desenvolvimento de variedades mais produtivas, tolerantes a variações climát icas (como seca e geada) e resistentes ao ataque de pragas e doenças, com reflexos diretos no custo de produção, na proteção ambiental e no incremento de 20 a 30% na produtividade das lavouras, em função do menor uso de defensivos agrícolas. Além disso, os dados gerados pela pesquisa aceleram a obtenção de cultivares de melhor qualidade, aroma, sabor e propriedades nutracêuticas do grão, agregando qualidade ao produto e mais satisfação e saúde para o consumidor.

Consórcio Pesquisa Café

Esse arranjo institucional atua em todos os segmentos da cadeia produtiva, tendo por base a sustentabilidade, a qualidade, a produtividade, a preservação ambiental, o desenvolvimento e o incentivo a pequenos e grandes produtores. Hoje reúne mais de 700 pesquisadores de cerca de 40 instituições, envolvidos em 74 projetos dos quais fazem parte 355 Planos de ação.
Foi criado por iniciativa de dez instituições ligadas à pesquisa e ao café: Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais - Epamig, Instituto Agronômico (IAC), Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro-Rio), Universidade Federal de Lavras (Ufla) e Universidade Federal de Viçosa (UFV).

FONTE: Ministério da Agricultura

MONSANTO INVESTE US$ 3 MILHÕES EM PESQUISA CONTRA LAGARTA DA RAÍZ


A Monsanto está sendo cada vez mais questionada em relação à sua semente de milho resistente à lagarta da raiz e aplicou mais US$ 3 milhões na pesquisa da praga. O programa será conduzido juntamente com a Universidade do Estado de Michigan.
Pesquisadores em Illinois e Iowa já relataram que algumas lagartas desenvolveram resistência às sementes, o que preocupa agrônomos e serve como argumento para opositores dos produtos geneticamente modificados.
No entanto, uma porta-voz da Monsanto se recusou a comentar a performance da semente.
– Temos observado bons resultados. Reconhecemos que a lagarta da raiz do milho é bastante desafiadora – disse o representante da empresa. As informações são da Dow Jones.

FONTE: Agência Estado

FEDERARROZ CRITICA VETO DE DILMA À TAXAÇÃO DE ARROZ IMPORTADO

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) divulgou nesta sexta, dia 21, uma nota contrária ao veto da presidente Dilma Rousseff para o artigo 74 da Medida Provisória 563/12, que taxaria com PIS/Cofins o arroz importado. A emenda foi proposta pelo deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) e aprovada na Câmara e no Senado.
No texto do veto, o governo defende que "da forma proposta, as medidas podem elevar a tributação sobre alimentos que integram o conjunto das refeições básicas da população brasileira, podendo interferir diretamente em seus preços e na sua respectiva oferta". A cobrança de PIS/Cofins sobre o arroz importado está suspensa desde 2004.

FONTE: Agência Estado

O AGRO BRASILEIRO SOFRE PREJUÍZO ANUAL DE APROXIMADAMENTE US$ 4 BILHÕES POR CAUSA DA DEFICIENTE INFRAESTRUTURA LOGÍSTICA


A deficiente infraestrutura logística faz com que o agro brasileiro tenha um prejuízo anual de aproximadamente US$ 4 bilhões. No total, o país, que investe apenas 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) na área, perde cerca de US$ 80 bilhões. Diante deste crônico cenário, foi discutido em um evento na capital paulista na terça-feira (18), pelos dirigentes do setor, produtores, consultores, traders e executivos da agroindústria os desafios e soluções relacionadas ao transporte, armazenagem e escoamento da produção agropecuária.
O principal diagnóstico apresentado foi que enquanto o agro se expande e continua avançando no Centro-Oeste, especialmente no norte do Mato Grosso, Goiás, sul do Pará, e em novas fronteiras, como, por exemplo, o Mapitoba (Maranhão, Piauí, Tocantins e oeste da Bahia), a infraestrutura logística nestas regiões patina, e muito. “O grande celeiro de grãos hoje fica nestas regiões, mas a maior parcela da produção ainda é escoada pelo Sul”, disse Rodrigo Arnús Koelle, gerente nacional de logística da Cargill, um dos participantes do seminário “Caminhos da Safra”, promovido pela revista “Globo Rural”.
De acordo com o consultor de logística da CNA, Luiz Antônio Fayet, a produção do “Arco Norte” que foi escoada pela região Sul passou de 32 milhões de toneladas de grãos em 2009 para 45 milhões de toneladas no ano passado. Citando dados da Anec, Fayet pontuou que os custos logísticos no Brasil são quatro vezes mais caros do que os praticados na Argentina e Estados Unidos, dois dos nossos principais concorrentes.
O presidente da Abag, Luiz Carlos Corrêa Carvalho (Caio), acentuou a relevância do tema ao ressaltar que “a coisa é tão séria, que está fazendo com que outros países [sem citar nomes], que até bem pouco tempo não eram considerados concorrentes, passem a nos ameaçar, em razão, dos problemas logísticos que temos”. A expectativa, afirmou o dirigente, é que o pacote de investimentos em infraestrutura logística, anunciado recentemente pelo governo federal, saia do papel. “Mas aprendi a ser São Tomé nestes casos.”
Segundo relatos de Edeon Vaz Pereira, diretor executivo do Movimento Pró-Logística do Mato Grosso (MT), algumas [importantes] obras estão sendo feitas no estado, a fim de mudar o eixo do escoamento da produção, destinada à exportação, dos terminais portuários do Sul (Santos e Paranaguá) para os portos do Norte do País (Itaqui no Maranhão, Santarém e Miritituba, ambos no Pará, por exemplo). Entre elas, destacam-se obras nas BRs 163 (Cuiabá-Santarém), 158 (que corta todo o MT), 242 (que ligará ambas as BRs), a Ferrovia de Integração Centro-Oeste e a hidrovia Teles-Pires. “Estas obras estão caminhando”, disse Pereira, destacando também os arranjos que estão sendo feitos para melhorar a integração entre os diversos modais. “O estado do Mato Grosso que tem hoje a pior logística do país será outro em quatro, cinco anos”, salientou.
“Deveremos começar a ter melhorias no escoamento da safra 2013/14”, disse Edeon. No entanto, ressaltou que problemas relacionados à elaboração de projetos, marcos regulatórios (que fazem o frete ferroviário ficar mais caro do que o rodoviário), licenças ambientais e trechos de rodovias que precisam ser refeitos, acarretam em atrasos e até interrupções das obras. “Decisões relativas a licenças ambientais são pautadas por ideologia em alguns casos”, enfatizou Caio, presidente da Abag.
Na opinião de Edeon, outro grave problema, que não está merecendo a atenção devida, é a armazenagem. “Nossa capacidade de armazenamento é muito baixa, de apenas 60% da safra.”
Mas para Fayet, de nada adiantam investimentos em estradas, ferrovias e hidrovias se não for resolvido o grande gargalo logístico do país que é os portos. “Há um apagão dos portos, e isso não está sendo atacado pelo governo”, acrescentou que “de um jeito ou de outro transportamos as cargas até os terminais, mas sem portos não dá”. Koelle da Cargill endossou ao dizer que “se você trava o porto, trava toda a cadeia produtiva para trás”.
A ineficiência da infraestrutura dos terminais portuários foi demonstrada com números apresentados por Fayet. De acordo com o consultor da CNA, os principais portos do País, Santos e Paranaguá tinham somados, recentemente, uma fila de 120 navios aguardando para atracar. O prejuízo resultou, com o demurrage (multa diária de demora) para o importador e exportador pelo fato dos navios estarem parados cerca de US$ 5 milhões por dia.
Na avaliação de Fayet, o Brasil precisa também solucionar impasses na legislação que atravancam o transporte de cabotagem (pelo litoral ou por vias fluviais dentro do País). Segundo ele, o paradoxo de custos logísticos do país cria situações como valores de frete idênticos de Paranaguá para Recife e para Xangai (China). Para o consultor da CNA, uma saída para resolver os problemas relacionados com os portos são as parcerias público-privadas.

FONTE: Sou Agro/Revista Agropecuária

FÓRUM SOJA BRASIL: "O CÓDIGO FLORESTAL E SEUS IMPACTOS NA PRODUÇÃO"

PIONEER LANÇA COMUNICADO TÉCNICO SOBRE MANEJO DE NEMATÓIDES NAS CULTURAS DA SOJA E DO MILHO - CLIQUE NA IMAGEM PARA BAIXAR O ARQUIVO

AGRONEGÓCIO PODE TRANSFORMAR O BRASIL EM UMA POTÊNCIA


“O agronegócio pode transformar o Brasil em uma potência. E o medo do mundo é que o país desperte para isso. O mundo sabe que poderemos dominá-lo pela boca. O Brasil tem tudo para conseguir isso, basta ser inteligente”, diz o presidente da Aprosoja, Pedro Nardes.
Segundo ele, há 20 anos se falava que iria faltar alimento no mundo. E esse momento chegou. Isso porque as expectativas são de preços favoráveis pelos próximos dois anos em função da seca que os Estados Unidos enfrentam. Essa condição afeta diretamente os estoques mundiais que já estavam baixos e, com essa frustração de safra americana vão permanecer, pelo menos, nos próximos dois anos muito baixos até que sejam recuperados.
“Depois dos Estados Unidos enfrentarem a seca, vamos vivenciar uma nova era. A era da falta de alimentos no mundo”, destaca. Isso porque a população tem aumentado e os espaços destinados a produção são pequenos. Só resta área ociosa na América Latina e na África. Os Estados Unidos produz 100% de sua área assim como a Europa. A China não tem mais onde aumentar sua área de produção. E quem será beneficiado com essa situação, se as leis no Brasil não atrapalharem, será a agricultura brasileira.
Hoje o país ocupa apenas 6,7% de seu território para a produção de grãos. Há 63% de matas nativas e o produtor, conforme Nardes, tem preservado, pois sabe a importância da preservação do meio ambiente para a continuidade de sua atividade. Todo agronegócio em conjunto, ocupa em torno de 27% do território nacional, incluindo pecuária, agricultura, todas as atividades. “O grão ocupa somente 6,7%. Temos muito o que expandir e sem derrubar uma árvore. Se dobrarmos nossa área, chegamos a 15% e conseguiríamos dobrar a produção nacional. O Brasil tem muito espaço, só basta saber usar com inteligência, com projetos bem feitos e o governo ajudando o produtor brasileiro.
Principalmente no interior do Rio Grande do Sul, que estamos vendo a permanência somente das pessoas de idade e os jovens indo procurar um novo mercado de trabalho. Acredito que com essa seca nos EUA, vai mudar a visão da história e a visão do governo, especialmente dos governos perante nossa agricultura”, explica.
O agronegócio significa 40% do PIB brasileiro, apesar da pouca área destinada à atividade. “Falam que somos o celeiro do mundo, mas na última safra obtivemos 170 milhões de toneladas contra 580 milhões de t produzidas pela China e 560 milhões de t pelos EUA. Não produzimos nem mesmo 1/3 desse volume e nos chamam de celeiro do mundo”, afirma.
Para o presidente da Aprosoja, é preciso considerar ainda que o país não necessita tanto de alimento como o resto do mundo, já que são 190 milhões de habitantes comparado com a China que é 1,3 bilhões de pessoas. “Não necessitamos tanto de alimento quanto eles precisam, mas temos condições de produzir e exportar mais”, declara.

Prevenção de desastres

Com relação a seca que a região Sul do Brasil enfrentou na última safra de verão, o presidente da Aprosoja comenta que os reflexos poderão ser sentidos pelos próximos cinco anos, até que o produtor se recupere das perdas. Isso porque, as comodities enfrentaram alta dos preços e, o custo de produção também ficou mais caro. “Sem haver uma justificativa, o preço dos insumos teve alta entre 30% e 40%. No ano passado trabalhávamos com cerca de US$ 900 a tonelada e agora está em torno de US$ 1.300 o mesmo fertilizante. Isso é um absurdo. E impacta na frustração do produtor”, diz.
Segundo Nardes, alguns produtores não terão crédito na próxima safra porque não conseguiram liquidar as dívidas. O financiamento 2011/2012 foi prorrogado, mas existem prestações antigas, de equipamentos por exemplo e elas estão sendo executadas. Na última semana, a Aprosoja conversou sobre o tema com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro.
Para Nardes, o Governo Federal precisaria criar um fundo de catástrofe, porque no Brasil, já que não existe uma política agrícola definida programada para quatro a cinco anos, sendo todos os anos lançado um plano safra diferente, o fundo de catástrofe que o próprio agricultor seria o contribuinte, auxiliaria até mesmo para o seguro da lavoura. O fundo é uma das medidas que a Aprosoja tem discutido muito. Tanto no que tange a seca como a chuva em excesso. “A natureza é uma indústria céu aberto e necessita de uma proteção diferenciada”, salienta.
Ele exemplifica ainda que na atual seca que os produtores americanos estão enfrentando, o governo está subsidiando para os que estão tendo perdas, condição que não ocorre no Brasil. “Quando ocorre uma seca como a vivenciada neste verão no Estado, o produtor fica totalmente desprotegido. E tendo um fundo de catástrofe seria muito importante para o produtor e todos setores seriam beneficiados. A agricultura brasileira como um todo seria muito bem protegida”, conclui.
           
FONTE: Diário da Manhã


PIB DA AGROPECUÁRIA CRESCE 2º TRIMESTRE COM FORÇA DO MILHO E CAFÉ - IBGE

O Produto Interno Bruto (PIB) da agropecuária do Brasil cresceu no segundo trimestre após fraco desempenho nos primeiros três meses do ano, com a força de uma safra recorde de milho e também uma colheita abundante de café, mostrou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A economia brasileira, incluindo todos os setores, cresceu 0,4 por cento no segundo trimestre deste ano quando comparada com o primeiro trimestre, com destaque positivo para a agropecuária. Segregadamente, a agropecuária cresceu 4,9 por cento no segundo trimestre em comparação com os três primeiros meses do ano, depois de encolher 5,9 por cento no primeiro trimestre ante o período anterior. Na comparação com o mesmo período de 2011, a alta foi de 1,7 por cento.
"Este resultado pode ser explicado pelo desempenho de produtos da lavoura com safra relevante no segundo trimestre e que apresentaram crescimento nas estimativas de produção anual e da produtividade", afirmou o IBGE em nota. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do IBGE, as safra que cresceram foram milho (27 por cento), café (4,9 por cento) e algodão (4,9 por cento).
A soja, tradicionalmente o principal produto do agronegócio, continuou afetando negativamente o desempenho do setor, após a safra brasileira ter caído mais de 10 por cento, na comparação com a temporada passada. No primeiro trimestre, a agropecuária havia sido o destaque negativo do PIB brasileiro, caindo 8,5 por cento na comparação com o mesmo período de 2011, devido à estiagem que derrubou a produção no Sul do país.
Analistas já esperavam alguma recuperação no PIB no segundo trimestre, citando entre outras safras o milho, cuja produção deverá ter um recorde acima de 70 milhões de toneladas. A colheita de milho segunda safra está na reta final. A safra de café do Brasil, maior produtor e exportador global, também está na fase final de uma colheita projetada para ser recorde.

FONTE: Reuters


EMBRAPA CAPACITA TÉCNICOS E AGRÔNOMOS SOBRE FERTILIDADE DO SOLO



O primeiro passo para obter um bom rendimento de culturas e pastagens em uma propriedade é analisar a fertilidade do solo e corrigir as necessidades detectadas na área. Com o objetivo de aperfeiçoar os conhecimentos de técnicos agrícolas e agrônomos que fazem a extensão rural a produtores rurais do Assentamento Itamarati (Ponta Porã, MS), a Embrapa Agropecuária Oeste realizou um curso de capacitação no local sobre princípios e critérios para avaliação da fertilidade do solo, com foco em pastagem, soja, milho, girassol e feijão.
            "A Transferência de Tecnologia da Embrapa está preocupada com a capacitação e a atualização tecnológica dos Agentes da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), que são os profissionais que realmente fazem com que a tecnologia chegue ao produtor", diz o chefe adjunto de Transferência de Tecnologia (TT) da Embrapa Agropecuária Oeste, Claudio Lazzarotto.
Nos dias 29 e 30 de agosto, o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), Carlos Hissao Kurihara, com apoio do analista de TT José Mauro Kruker, abordou diversos temas durante o curso, como as características das três fases do solo (líquida, gasosa e sólida), os critérios para recomendação de calcário e gesso, e a importância da matéria orgânica para manutenção das características químicas e físicas do solo, que, entre outras vantagens, melhora a estrutura do solo e aumenta a eficiência de aproveitamento de nutrientes, principalmente o fósforo.

Avaliação da fertilidade

Para obter amostra detalhada de solo do terreno cultivado, com o objetivo de se conhecer as necessidades de adubação, no mínimo, devem ser coletadas, de forma aleatória, 15 amostras simples de solo. A coleta deve ser feita em uma área no qual o talhão seja homogêneo em termos de vegetação, histórico, topografia, adubações e espécies cultivadas anteriormente. "Se fizer amostragem sem esses cuidados, para economizar o trabalho de campo, todo o resultado dali para frente poderá ser comprometido. Essa é uma economia que não vale a pena", enfatiza Kurihara.
Mas antes de se realizar a coleta do solo, é preciso avaliar a forma de plantio. Se for em área de plantio convencional, a profundidade da coleta será de 0 a 20 cm, já em Sistema Plantio Direto (SPD) haverá dois substratos diferentes: nas profundidades de 0 a 10 cm e de 10 a 20 cm.
O extensionista e o produtor também devem ficar atentos à interpretação da fertilidade do solo, que pode ser feita por meio de tabelas específicas para cada cultura. Com isso, é possível definir a fertilidade do solo (baixa, média ou alta) para depois determinar a melhor fórmula de adubo químico e a respectiva quantidade. "A identificação de doses de N, P e K [nitrogênio, fósforo e potássio] é fácil, a dificuldade que muitos encontram é definir qual fórmula de adubo químico existente no mercado é a melhor para aquela área", diz o pesquisador.

Capacitação continuada

Como resultado dessa atualização tecnológica, o pesquisador acredita que o agrônomo ou técnico agrícola que dará assistência para o agricultor do Assentamento, terá mais segurança em recomendar o adubo certo na quantidade correta. "Se as condições climáticas permitirem, a expectativa é que a utilização adequadoa desse adubo propicie um melhor retorno financeiro ao produtor, sem agredir o meio ambiente", diz Kurihara.
"Estamos formando agentes multiplicadores. O curso possibilita uniformizar a informação para que todo produtor rural receba o mesmo nível de conhecimento e possa colocar a tecnologia em prática da forma recomendada pela pesquisa. Na medida em que são identificadas outras necessidades de atualização de técnicos e extensionistas, a Transferência de Tecnologia da Embrapa estará presente", afirma Lazzarotto.

FONTE: Embrapa Agropecuária Oeste

Matérias assinadas ou com indicacação de fontes são de responsabilidades dos autores, não expressando opiniões ou ideias do Brasil Agrícola.