MÁQUINAS AGRÍCOLAS DEVERÃO SER EMPLACADAS À PARTIR DE JANEIRO

O Congresso Nacional manteve o veto da presidente Dilma Rousseff ao projeto do deputado federal Alceu Moreira (PMDB/RS) que acabava com o emplacamento, o licenciamento e o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para veículos como tratores, colheitadeiras e tobatas. A votação foi realizada na noite da terça e o resultado divulgado no dia 26 de novembro de 2014.
– É um absurdo sustentar a cobrança para ferramentas de trabalho no campo como se fossem carros de passeio. São enxadas com motor. É mais uma forma de meter a mão fundo no bolso do produtor, mais uma insensível com aqueles que produzem alimentos e sustentam a economia do país – lamentou o deputado Alceu Moreira.
Mas a questão pode, ainda, ser revertida. O presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), deputado Luis Carlos Heinze (PP-RS) afirmou ao Canal Rural que a Frente vai seguir trabalhando para evitar o emplacamento.
            – Ainda tem alternativas, eu coloquei na Medida Provisória 656 emendas que desobrigam o agricultor a emplacar suas máquinas – informou Heinze.
O senador Blairo Maggi (PR-MT), também disse que está buscando alternativas para evitar que os produtores tenham que fazer o emplacamento em janeiro.
– Estamos falando com o Contram para que prorrogue a entrada em vigor dessa medida, de modo a termos tempo de votar um decreto legislativo que impeça essa situação – disse Maggi.
Os parlamentares calculam que o emplacamento representará um custo de 3% do valor das máquinas para os produtores.


FONTE: Canal Rural

IFMG OFERTA 20 VAGAS PARA MESTRADO EM SUSTENTABILIDADE E TECNOLOGIA AMBIENTAL

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Minas Gerais (IFMG) está com inscrições abertas para o primeiro curso de Mestrado Profissional ofertado pela instituição. Mantendo a sua tradição em Ciências Agrárias, Ciências Naturais e Meio Ambiente, alavancada principalmente pelos cursos dos Campi de Bambuí, Ouro Preto e São João Evangelista, o curso vem para atender os profissionais que desejam especializar-se na área de meio ambiente e desenvolvimento sustentável. O estudante receberá o título de Mestre em Sustentabilidade e Tecnologia Ambiental.
Com caráter multidisciplinar, o curso foi recomendado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e conceituado como Nível 3. Um dos objetivos desse Programa de Pós-Graduação é qualificar recursos humanos para o exercício da prática profissional utilizando procedimentos ambientalmente corretos. Além disso, o curso dará a contribuição para que se efetivem práticas e políticas voltadas para o desenvolvimento sustentável, à nível regional e nacional.
            O Mestrado Profissional em Sustentabilidade e Tecnologia Ambiental é inteiramente gratuito e as aulas serão realizadas no IFMG - Campus Bambuí, localizado à Fazenda Varginha, km 5 da Rodovia Bambuí/Medeiros. Serão ofertadas 20 vagas para ingresso no 1º semestre de 2015. O curso será presencial e as aulas serão realizadas às sextas-feiras e sábados, quinzenalmente, podendo ser ofertadas disciplinas de forma condensada.

            A área de concentração do Mestrado é em Gestão e Tecnologia Ambiental e três linhas de pesquisa estão disponíveis: Ecologia Aplicada, Tecnologias Ambientais e Planejamento e Gestão Ambiental. O período de inscrição para o processo seletivo será de 17 de novembro a 12 de dezembro de 2014. Para mais informações acesse www.ifmg.edu.br.

FONTE: Brasil Agrícola, com informações do IFMG-Campus Bambuí

KÁTIA ABREU SERÁ A NOVA MINISTRA DA AGRICULTURA

A presidente Dilma Rousseff convidou a presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Kátia Abreu (PMDB-TO), para assumir o comando do Ministério da Agricultura. A nomeação já era aguardada há algumas semanas, como parte das negociações para assegurar o espaço do PMDB no novo governo. Eleita pelo antigo PFL, ela já esteve na linha de frente da oposição ao governo petista, em especial durante a gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ainda assim, a hoje peemedebista sempre manteve boa relação com a presidente Dilma.
Kátia Abreu deve ser um dos primeiros anúncios da nova equipe de governo, junto com o senador Armando Monteiro, candidato derrotado ao governo de Pernambuco e indicado para comandar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
A expectativa maior, entretanto, é pela confirmação dos novos titulares da equipe econômica. O governo pretendia fazer o anúncio nesta sexta-feira, mas acabou adiando a divulgação. O ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy deve assumir o comando do Ministério da Fazenda e o ex-secretário-executivo da Fazenda Nelson Barbosa é aguardado no Planejamento.


FONTE: IG-Último Segundo

PESQUISADORES USAM TECNOLOGIA DE LUZ SÍNCROTRON NO ESTUDO DE ALTERNATIVAS PARA A PRODUÇÃO DE FERTILIZANTES NO BRASIL

Pesquisadores do Departamento de Solos da UFV são os pioneiros das geociências no Brasil no uso da tecnologia de luz síncrotron em pesquisas que podem levar à produção de novos fertilizantes, à melhor compreensão da dinâmica e ao destino de nutrientes e elementos tóxicos no ambiente e ao estudo de processos biogeoquímicos que ocorrem em áreas remotas como a Antártica. As pesquisas estão sendo realizadas no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas (SP), e já estão trazendo resultados para a produção de fertilizantes a partir de fontes alternativas de minerais.
      O GeFert, como é chamado o Grupo de Estudos em Fertilizantes da UFV, também tem  conseguido sucesso na busca por alternativas viáveis para produção de Fósforo (P) e Potássio (K) que, juntamente com o Nitrogênio (N), formam o NPK, principal composto químico das fórmulas dos fertilizantes minerais usados para obtenção de produtividades economicamente satisfatórias. A importância da pesquisa se justifica pela extrema dependência que o Brasil tem de importação de fertilizantes minerais.
O mundo sabe que a agricultura movimenta a economia brasileira e que os grandes cultivos do Cerrado geram as tão desejáveis commodities do agronegócio para produção de alimentos, exportação e crescimento econômico. Mas não seria assim se não fossem os fertilizantes. Os solos do Cerrado são pobres e dependentes desses fertilizantes para produzir alimentos, fibras e biocombustíveis. O problema é que, se o Brasil é grande exportador do agronegócio, ele é também um grande importador de fertilizantes. E não é só o Brasil. A maioria dos países produtores agrícolas depende de fontes externas de Nitrogênio, Potássio, Fósforo e Enxofre.
O Brasil compra 90% do Potássio e 55% do Fósforo que utiliza nos fertilizantes agrícolas e essa demanda tende a aumentar 3% ao ano apenas para manter a produção agrícola atual. Estima-se que o consumo brasileiro deverá ultrapassar 200 milhões de toneladas em 2015.  É por isso que, há muito tempo, os principais gigantes agrícolas discutem como reduzir a dependência dos países produtores de fertilizantes, que controlam os preços dos produtos como querem e podem se tornar uma ameaça à segurança alimentar no caso de conflito internacional ou boicote à comercialização destes minerais.

Fontes alternativas de fertilizantes

Nos países onde estão as principais jazidas, o Fósforo e o Potássio são facilmente retirados das minas onde foram sedimentados em rochas durante a evolução do planeta. Mas há outros minerais que contêm estes elementos químicos e é neles que o GeFert procura alternativas para aumentar a produção e reduzir a dependência dos produtos importados. “Nunca vamos ter as mesmas fontes abundantes destes países, mas temos alternativas possíveis no Brasil. Contudo, não basta apenas descobrir as fontes. É preciso descobrir meios eficientes de retirar os elementos dos minerais sem custos que inviabilizariam a produção”, diz o professor Leonardus Vergütz, membro do GeFert.
O professor Edson Mattielo, também integrante do grupo, explica que algumas fontes destes nutrientes são até abundantes no Brasil, mas apresentam baixas solubilidade e eficiência agronômica e, por isso, já foram descartadas. Este era o caso do verdete, uma rocha rica em Potássio, comum na região central de Minas Gerais. O problema é que, comparado às jazidas tradicionais, no verdete, o Potássio é encontrado em baixas concentrações e está muito preso a estruturas químicas difíceis de serem liberadas, o que encarece a extração. Para isso, os pesquisadores estudam tratamentos térmicos com a adição de diferentes fundentes e de microrganismos capazes de solubilizar o mineral e de produzir adubos potássicos.
Estas pesquisas envolvem parcerias com os departamentos de Microbiologia e Fitopatologia da UFV. Os resultados obtidos pelo GeFert são promissores e poderão gerar novas patentes para o Brasil e reduzir a dependência internacional. “As pesquisas serão fundamentais para o desenvolvimento de novas tecnologias de produção de fertilizantes, com fontes alternativas e viabilidade econômica e ambiental”, comenta o professor Edson Mattiello.

Luz síncrotron

Além dos problemas de produção, as tecnologias para uso de fertilizantes não evoluíram muito nos últimos 30 anos. Por isso, a equipe do GeFert também se dedica a compreender como são as estruturas moleculares dos principais elementos nesses fertilizantes. De uma mesma rocha podem sair, por exemplo, proporções diferentes de cloretos, silicatos e outros compostos químicos que a indústria classifica genericamente apenas como Potássio. (Clique na Figura abaixo e veja o Infográfico sobre a Luz Síncrotron e como funciona o LNLS)


Com as tecnologias disponíveis, a identificação precisa de cada composto ainda não era possível. Foi então que os pesquisadores de Viçosa buscaram o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron. Esta tecnologia permite conhecer, com precisão, a espécie química de cada elemento presente na rocha e o ambiente químico no qual está inserido.
Todo o acompanhamento das transformações ocorridas durante os diferentes tratamentos aplicados ao verdete, por exemplo, só foi possível pelo uso das técnicas espectroscópicas avançadas disponíveis no LNLS. Numa mesma amostra do fertilizante potássico obtido, eles identificaram a formação de diferentes proporções de silicato e cloreto de potássio. Os cloretos são os sais de potássio mais utilizados nos fertilizantes. Porém, os silicatos são materiais nobres e mais caros, que podem ter aplicações na indústria farmacêutica e cerâmica.
O desenvolvimento de um processo de separação dessas duas formas poderia viabilizar economicamente a extração de potássio do verdete, mesmo que em baixas concentrações. A equipe está procurando entender mecanismos e interações que acontecem em escalas ínfimas, mas os dados obtidos podem gerar resultados surpreendentes para o agronegócio no país. “Embora, esse tipo de trabalho possa parecer uma ciência muito básica, sem aplicação prática, é somente através do conhecimento gerado por essas pesquisas que novas tecnologias podem ser propostas e testadas”, explica o professor Leonardus.
Além do Grupo de Fertilidade do Solo, outros professores do Departamento de Solos da UFV também têm desenvolvido estudos no LNLS relacionados ao sequestro de carbono na matéria orgânica do solo, disponibilidade e destino de elementos tóxicos e de metais terras raras no ambiente e caracterização e processos de formação de solos antárticos. Dentre eles estão também participam das pesquisas os professores Leônidas Carrijo de Azevedo Melo, Ivo Ribeiro da Silva, Roberto Ferreira de Novais, Nairam Félix de Barros, Liovando Marciano da Costa, Jaime Wilson Vargas de Mello, Reinaldo Cantarutti, Maurício Paulo Ferreira Fontes e Carlos Ernesto Gonçalves Reynaud Schaefer.


FONTE: Léa Medeiros – Universidade Federal de Viçosa

IMIGRANTES OCUPAM VAGAS DE TRABALHO NO CAMPO

O último relatório do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados mostra que o Brasil teve o pior mês de outubro desde 1999. Entre os setores que mais eliminaram vagas estão, em primeiro a construção civil, que demitiu 33,600 mil trabalhadores; em seguida a agricultura, que dispensou 19,600 mil pessoas. No campo, o fluxo de trabalho é sazonal, mas mesmo assim a situação preocupa.
– Temos uma empresa aqui na região, que deve demitir em torno de mil pessoas no período de entressafra, e em março voltar a contratar, ocupar estas vagas de novo. Este ano está um pouco mais apertado, os preços caíram bastante, isso também dificulta a manutenção dos postos de trabalho – diz agrônomo Valter Caetano.
O cenário de desaceleração da Economia, que vem atingindo o mercado de trabalho formal, coincide com o aumento do número de imigrantes que chegam ao Brasil. Nos últimos três anos, o fluxo de imigração cresceu em 50%, para diversas origens. No ano passado, pela primeira vez os haitianos superaram os portugueses e são hoje os que mais conseguem emprego no mercado brasileiro.
O Observatório das Migrações Internacionais terminou um estudo sobre a inserção dos imigrantes no mercado de trabalho brasileiro e constatou que os empregos formais cresceram dentro das indústrias do agronegócio.
– Uma parcela significativa está trabalhando em frigoríficos, abatedouros de carne, abatedouros de frango, empresas de conservas também têm muitos imigrantes. Nestas empresas de conservas, que são trabalhos que os locais não estão realizando, estão deixando para os imigrantes – explica o professor da Universidade de Brasília e coordenador científico do Observatório, Leonardo Cavalcanti.
Numa fazenda de hortaliças orgânicas dos 90 empregos diretos, atualmente, três vagas são ocupadas por estrangeiros. Eles vieram de Bangladesh, no final do ano passado, e ainda enfrentam com bom humor as dificuldades de comunicação. Falam inglês e a língua nativa Bengalês. Nurul Amim recebe alimentação, hospedagem e tem uma renda líquida superior a R$ 1300 por mês.
– Muito trabalho, mais dinheiro; pouco trabalho, pouco dinheiro – compreende o imigrante Amim.
Golam Mawla trabalhou como camareiro em um hotel em Brasília (DF) e depois aprendeu a trabalhar com a produção de rúcula. Está na fazenda desde o início do ano e gostou de receber por produtividade.
– Antes chegou R$ 1500, este mês R$ 1600 – comemora Mawla.
O responsável pelo RH da fazenda Malunga, Marcio Ono, explica que a empresa já teve paquistaneses, ganeses e os bangladeshis.
– Por eles, passariam dia e noite trabalhando, sábado e domingo, não querem descansar! A gente que tem que pausar eles. A gente tem um limite, que obedecemos aqui, mas por eles fariam tantas horas extras quanto tiver. Então, eles acabam ganhando mais do que os brasileiros neste sentido.
Junior Ribeiro foi consultor do Sebrae e abriu uma empresa que seleciona trabalhadores para atender ao agronegócio. Ele destaca porquê os empresários rurais estão abrindo as portas para os estrangeiros.
– Essa questão do seguro desemprego, família, e não é questão de treinamento não, não é falta de treinamento. Os empregadores todos, eles treinam, mas a questão é que não querem vir trabalhar no campo mesmo – diz Ribeiro.
Para ajudar no recrutamento da mão de obra, ele também contratou imigrantes:
– Eu contratei um para me ajudar no recrutamento por causa da língua e para trabalhar comigo, seis pessoas de Gana. São pessoas que fluem o trabalho – destaca o consultor.


FONTE: Marcelo Lara – Canal Rural

SETOR DE SOJA PEDE MAIS FISCALIZAÇÃO PARA SEMENTES

O ministério reconheceu problemas na fiscalização da qualidade de sementes de soja no país, de acordo com o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Ricardo Tomczyk. A entidade pediu ao ministério, no dia 14 de novembro, que seja feita uma inspeção emergencial e, agora, espera uma reunião com o governo para debater o assunto.
– Nós informamos, por meios de ofício, os problemas que nós identificamos no campo em Mato Grosso, da deficiência na qualidade das sementes que foram comercializadas no Estado em 2014. O Mapa respondeu falando que houve uma fiscalização nos meses de agosto e setembro, porém uma fiscalização, até de certo ponto, superficial, em virtude da falta de estrutura do próprio ministério. Faltam fiscais para dar conta da demanda que existe em todos os insumos. O Mapa sinalizou que está disposto a marcar uma reunião para que a gente possa discutir mais a fundo o problema e que se possa, em conjunto, determinar as medidas que para 2015, que poderão contribuir para efetivamente um maior rigor na qualidade desses insumos – diz Tomczyk.
Um levantamento feito pela Aprosoja apontou que 26% das sementes coletadas durante o circuito tecnológico no ano passado apresentaram problemas de qualidade. O potencial de germinação ficou abaixo do tolerado, que é 85%. De acordo com o coordenador de sementes e multas do Mapa, André Peralta, são feitas cerca de 18 mil fiscalizações por ano, que envolvem, não só produtores de sementes comuns, mas também transgênicas, além de laboratórios e armazéns.
– Basicamente as análises de qualidade são feitas em laboratórios de análises de sementes e envolvem pureza, germinação ou viabilidade, plantas daninhas e mistura de cultivares. Não tem como ser rotina fiscalizar e quantificar, muito menos a manifestação de eventos transgênicos na semente.
Grande parte das sementes com problemas em Mato Grosso vem, além do próprio Estado, de Goiás e da Bahia. De acordo com o presidente da Aprosoja/Goiás, Bartolomeu Braz, que também é produtor de sementes, as chuvas são um dos fatores que agravam a situação.
            – Quando se colhe uma semente com uma umidade muito alta, acima de 15°C, 19°C até 20°C, ela tem um processo de secagem mais lenta e isso danifica, muitas vezes, tira um pouco do vigor da semente e acontece, muitas das vezes, a perda dessa semente até chegar a próxima safra – diz.


FONTE: Canal Rural

CURSO TÉCNICO EM AGRONEGÓCIO DO SENAR ATRAI CANDIDATOS DE TODO O PAÍS

Candidatos de diferentes regiões do País já se inscreveram para o primeiro Curso Técnico em Agronegócio oferecido pela Rede e-Tec Brasil no SENAR. O curso marca a estreia do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) na educação formal a distância. Durante seus 23 anos de atuação no País, a entidade já levou qualificação profissional a mais de 62 milhões de brasileiros que vivem no campo. Agora, integrando a Rede e-Tec Brasil, do Governo Federal, a instituição oferece também a formação técnica de nível médio a distância, com certificado reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC).
O chefe do Departamento de Inovação e Conhecimento do SENAR, Luís Tadeu Santos, explica que nove Estados aderiram nesta fase de lançamento, com 18 polos, mas que a ideia é formar uma grande rede nacional, aumentando a capacidade de atendimento devido à capilaridade do SENAR. “Alguns Estados estão se preparando para a segunda fase e outros já manifestaram interesse de abrir polos presenciais da Rede eTec Brasil no SENAR.”
As inscrições para o Curso Técnico em Agronegócio vão até 10 de dezembro no portal http://etec.senar.org.br/. Os candidatos serão selecionados por meio de provas feitas individualmente nos polos de apoio presencial da Rede e-Tec Brasil no SENAR.  No período entre 1º e 15 de dezembro, os inscritos podem escolher o dia e horário mais convenientes para fazer suas provas no polo de apoio presencial que atende à sua região. As provas são compostas por questões de Português, Matemática, Conhecimentos Gerais e redação.

Seleção

Cada polo de apoio presencial seleciona o número de alunos de acordo com sua capacidade. Ao todo, estão sendo oferecidas 1.250 vagas distribuídas nos 18 polos já estruturados no Amazonas e em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Sergipe. Neles, o aluno encontra  infraestrutura física, pedagógica e tecnológica completas, com professores especializados, salas de aula e videoconferência, laboratórios de informática, bibliotecas, além de requisitos de acessibilidade.
O Curso Técnico em Agronegócio da Rede e-Tec Brasil no SENAR, tem carga de  1.230 horas/aula. A maior dela é a distância e pode ser cumprida em casa, na fazenda, ou onde o aluno achar mais conveniente. A outra parte deve ser feita nos polos de apoio presencial nos dias e horários previstos no calendário acadêmico. A tutoria presencial e a distância e todo o material didático são garantidos gratuitamente pelo SENAR. Já no 2º semestre, com o apoio das Administrações Regionais do SENAR, novos polos serão abertos nos Estados onde ainda não estão estruturados.
A coordenadora do programa no SENAR, Marina Vianna, destaca que o curso técnico de nível médio em Agronegócio a distância mantém o mesmo padrão de excelência que a instituição sempre assegurou aos cursos de qualificação profissional e programas de promoção social. Segundo ela, os conteúdos são diferenciados, especialmente voltados para a realidade de quem trabalha e vive no campo, assim como as estratégias didáticas são baseadas nisso. Para facilitar o acesso de quem não conta com Internet ou computador em casa, além do conteúdo on-line o aluno vai receber um kit com o material didático do curso impresso e videoaulas gravadas em DVD. Nos polos de apoio presencial, o aluno terá disponível em horários pré-agendados acesso a conteúdos informatizados, atividades teóricas e práticas, plantões de dúvidas e avaliações presenciais obrigatórias.


FONTE: Assessoria de Comunicação do SENAR

ALTOS PREÇOS DOS FERTILIZANTES ATIVA DISCUSSÃO SOBRE INDÚSTRIA NACIONAL

Diante da alta nos custos de fertilizantes e das incertezas do mercado dos grãos, produtores temem não fechar a conta no balanço final. Por este motivo, o setor volta a pedir mais investimentos para novas fábricas de adubo no Brasil.
O produtor rural Genésio Muller acompanha o desenvolvimento da lavoura de milho que responde bem à aplicação dos fertilizantes. O problema está na conta que aumentou entre 25% e 30%, em seis meses. O produtor comprou parte do adubo em maio e o restante no início de novembro.
– Em maio, eu comprei uma parte do adubo, o super simples paguei R$ 700. Esta semana, comprei a R$ 860 por tonelada. O MAP, paguei R$ 1.400 a tonelada em maio, esta semana complementei o que precisava a R$ 1.660. A ureia R$ 1.100, agora R$ 1.380, isso é um absurdo – reclama o produtor.
O presidente do Sindicato Rural de Cristalina, em Goiás, faz os cálculos da atual relação de preços entre commodities e fertilizantes.
– Quando nos tínhamos a soja balizada a US$ 13, US$ 14 por bushel, o preço dos fertilizantes não era tão representativo. Agora, com a soja entre US$ 9 e US$ 10 por bushel, o preço dos fertilizantes pode ser significativo na composição dos custos. O resultado para o produtor é baixo rendimento, ou até preço que não remunere os custos – explica Alécio Maróstica, presidente do Sindicato.
Nas últimas três safras, o preço dos grãos foi favorável e subiu mais do que o custo dos fertilizantes. Mas agora a situação se inverteu e os produtores estão se preparando para fechar as contas aplicando os insumos na dose certa e escalonando as compras do adubo. Com este cenário, volta para o centro do debate a dependência do Brasil, que importa cerca de 78% dos fertilizantes que consome.
O diretor da Associação dos Misturadores de Adubos do Brasil (Ama Brasil) espera que os investimentos em novas fábricas, dos principais fertilizantes, entrem em atividade no país, mas faz um alerta: reduzir a dependência das importações não significa redução nos preços.
– Vai demorar 10 anos para você instalar uma indústria nacional. O produtor não vai deixar de ser abastecido, pelo preço do mercado internacional. Mesmo que você venha a produzir no Brasil, a indústria nacional vai fornecer ao produtor ao preço do mercado internacional. Essa não é uma grande preocupação para o produtor, que precisa do produto a tempo e na hora, a um preço competitivo no mercado internacional – sinaliza Carlos Florence, diretor da Ama Brasil.


FONTE: Canal Rural

GEOCICLO PLANEJA EXPANSÃO E QUER CHEGAR AO MERCADO DOS ESTADOS UNIDOS

Depois de consolidar sua primeira unidade de produção, em Uberlândia (MG), a Geociclo, fabricante de fertilizante organomineral criada pelo empresário Olavo Monteiro de Carvalho, prepara-se para expandir sua área de atuação. Há cerca de quatro meses, o também fundador e ex-presidente Ernani K. Judice deixou o comando executivo da empresa e se tornou presidente do conselho. De lá, vai buscar oportunidades de expansão nos Estados Unidos.
De acordo com Judice, a aposta da Geociclo no mercado americano vai além da brasileira, focada na agricultura. Naquele país, há boas perspectivas também no amplo segmento de jardinagem, inclusive residencial. "Nossa estratégia é levar os clientes para conhecer a fábrica. Ninguém imagina que exista uma fábrica de fertilizante organomineral do tamanho da nossa".
A Geociclo, que se autodenomina uma "empresa nacional de biotecnologia", mantém especial atenção em pesquisa e desenvolvimento, área que marcou a sua criação e que garantiu a maior parte dos recursos para sua expansão, por meio de linhas de apoio à inovação da Finep e do BNDES. Nos últimos meses, porém, o foco esteve mais concentrado na ampliação da equipe comercial.
A Geociclo abriu novas representações para atender os mercados baiano, paulista e goiano. Em Minas Gerais, onde a empresa tem concentrado sua atuação, a equipe também foi reforçada.
"O setor de fertilizantes tem uma logística muito complicada. Mas queremos expandir nossa atuação para outras culturas, além da cana", diz Judice. Ele lembra que, hoje, as usinas sucroalcooleiras são as principais fornecedoras de insumo para a Geociclo e as maiores consumidoras do produto fabricado pela empresa, que mistura matéria orgânica com um composto de NPK (nitrogênio, fosfato e potássio), conforme especificações determinadas pela qualidade do solo, pelo clima da região e pela cultura, entre outros fatores.
"O resíduo da cana é interessante porque é gerado em grande quantidade e com qualidade homogênea, mas a tecnologia permite usar outros insumos. A escolha depende da logística", diz Judice, que lembra que a tecnologia que encapsula o NPK no composto orgânico permite a liberação gradativa no solo e seu melhor aproveitamento. "A produtividade aumenta em mais de 20%", completa.
A Geociclo acaba de concluir a expansão de sua primeira planta e planeja atingir a capacidade total de produção de 140 mil toneladas ao ano no fim do primeiro semestre de 2015. Antes da ampliação, essa capacidade era de 40 mil toneladas anuais. "A unidade está em fase de 'ramp up' [aumento gradativo de produção]. Em 2015, ainda não estaremos produzindo as 140 mil toneladas, mas já no segundo semestre começaremos a fabricar o equivalente mensal da capacidade instalada total", afirma Judice.
Monteiro de Carvalho confirma os planos para outras unidades, mas avalia que ficarão para 2016, depois que a expansão - que consumiu R$ 35 milhões em investimentos - estiver consolidada. "Faz todo o sentido ter unidades em outros Estados. Em 2015, vamos começar a projetar a segunda unidade", diz o empresário, que teve a ideia do produto que deu origem a Geociclo como forma de aproveitar o lodo rejeitado no processo de produção de uma empresa de tratamento de água que criou e depois vendeu para a Odebrecht. "Fomos a primeira empresa a fabricar um fertilizante organomineral em larga escala", diz Monteiro de Carvalho.



FONTE: Valor Econômico

PORTARIA AUTORIZA FUNCIONAMENTO DE INDÚSTRIA PARA EXPLORAÇÃO DE FOSFATO EM MINAS GERAIS

A Galvani Indústria e Comércio recebeu, no dia 13 de novembro de 2014, a concessão de lavra de mais uma área para fosfato em Minas Gerais. A portaria, publicada no Diário Oficial da União (DOU), vai permitir que a mineradora produza 2,5 milhões de toneladas de minério bruto (ROM), durante 16 anos, relativo a reserva lavrável de 41 milhões de toneladas.
A empresa, controlada desde agosto pela transnacional Yara, recebeu outorga para explorar uma área de 982 hectares, nos municípios mineiros de Cruzeiro da Fortaleza, Patrocínio e Serra do Salitre segundo portaria 603 assinada pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. O Projeto Greenfield, da Galvani em Serra do Salitre prevê a produção anual de 1,2 milhão de toneladas de rocha fosfática, matéria-prima para intermediários de fertilizantes.
A Galvani Indústria e Comércio tem 14 direitos minerários junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Onze deles são para fosfato nos estados do Piauí, Bahia e Minas Gerais. Com esta nova portaria de lavra, que foi protocolizada em maio de 2010, o número de concessões passa a ser cinco.
A portaria diz que a outorga de concessão de lavra fica condicionada à reserva lavrável de 41,225 milhões de toneladas de minério bruto (ROM) que constam do Relatório Final de Pesquisa, e ao cumprimento da produção anual prevista de 2.523.675 toneladas, por uma vida útil de 16 anos, de acordo com o Plano de Aproveitamento Econômico (PAE), aprovado pelo DNPM.
De acordo com o termo de compromisso, a ser assinado pela mineradora, “qualquer alteração de especificações e metas do Plano de Aproveitamento Econômico da Jazida ficarão submetidos à avaliação e à aprovação do DNPM, para, posteriormente, serem objeto de nova Portaria Ministerial autorizando sua efetiva implementação.” Uma participação de 60% da Galvani foi adquirida em agosto pela Yara Agrofértil, subsidiária da Yara Internacional, por US$ 318 milhões.
As receitas totais da Galvani, em 2013, foram de US$ 352 milhões, com um Ebitda de US$ 48 milhões. A companhia possui capacidade de produção de SSP, um tipo de fertilizante fosfatado, de cerca de 1 milhão de toneladas em instalações industriais em Paulínia (SP) e Luís Eduardo Magalhães (BA). As duas unidades utilizam rocha fosfática originária das minas de Lagamar (MG), Angico dos Dias (BA) e Irecê (BA).


FONTE: Notícias de Mineração
Matérias assinadas ou com indicacação de fontes são de responsabilidades dos autores, não expressando opiniões ou ideias do Brasil Agrícola.