BRASIL AGRÍCOLA DESEJA A TODOS UM ÓTIMO 2013
A Equipe Brasil Agrícola deseja a todos os nossos leitores um grande final de ano, cheio de fartas colheitas. E que o ano de 2013 que se inicia possa ser ainda melhor do que os demais que já se passaram, sempre com pensamento positivo e o desejo de continuar buscando percorrer o melhor caminho. A agropecuária brasileira terá inúmeros desafios pela frente e você fez, está fazendo e fará parte desta história. Afinal, é você, profissional do campo, o grande responsável pelos alimentos que neste final de ano enfeitam as ceias natalinas e festividades de ano novo. Obrigado a todos que acompanharam a evolução do nosso site neste ano de 2012 e contribuíram enviando críticas, sugestões e reportagens especiais. No ano de 2013 queremos você ainda mais pertinho de nós. Grande abraço a todos.
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MILHO VOLUNTÁRIO NAS LAVOURAS DE SOJA PREOCUPA PRODUTORES DE MATO GROSSO
A
equipe técnica da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso
(Aprosoja) percorreu alguns municípios do Mato Grosso para verificar a
incidência de plantas de milho voluntárias e resistentes ao glifosato em meio
às lavouras de soja. Segundo o diretor técnico Nery Ribas, esta situação foi
verificada em áreas de soja semeadas após a colheita do milho de segunda safra
com diferentes híbridos.
–
Alguns produtores tiveram mais problemas em reboleiras e outros em extensas
áreas – explicou Ribas.
As
possíveis causas do aparecimento das plantas voluntárias de milho seriam a
mistura vindo na semente e a polinização do milho “não-RR” por híbridos RR
cultivados em áreas próximas. Após a demanda dos produtores, a Aprosoja
orientou os produtores a utilizarem, além do glifosato, uma aplicação de
graminicida.
–
Os produtores terão um custo maior com estas aplicações – concluiu Ribas.
A
preocupação dos técnicos é com o momento da colheita, pois pode ocorrer a
mistura de grãos de milho com a soja. Antes disso, as plantas de milho estão
concorrendo com as de soja por nutrientes e água. Para se certificar sobre a
resistência das plantas de milho ao glifosato, a equipe técnica da Aprosoja
deverá acompanhar até o final da safra junto com instituições de pesquisa.
Também irão avaliar as possíveis perdas da soja por competição com este milho
voluntário.
FONTE:
Rural BR/Aprosoja
SALÁRIO MÍNIMO EM 2013 SOBE PARA R$ 678,00
A
ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, anunciou nesta segunda, dia 24,
que o salário mínimo em 2013 vai subir para R$ 678,00. O valor será publicado
em decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff no Diário Oficial da União
da quarta, dia 26. Hoje o salário mínimo está em R$ 622,00.
Segundo
Gleisi, o reajuste é de cerca de 9%, considerando a variação de crescimento
mais inflação. O novo valor é também maior do que o previsto na proposta
orçamentária para 2013, que é de R$ 674,96.
—
É um bom anúncio de Natal para o trabalhador, reconhecendo o esforço de todos
os trabalhadores para os resultados que o País teve nesse ano — disse Gleisi,
que esteve reunia mais cedo com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do
Planalto.
FONTE:
Estadão Conteúdo
INFLAÇÃO OFICIAL PROJETADA PARA 2013 SOBE 5,47%, SINALIZA BANCO CENTRAL
Para
2013, a mediana do IPCA, a inflação oficial, projetada pelo mercado passou de
5,42% para 5,47%, continuando o movimento iniciado na semana anterior. Os dados
constam do boletim Focus, divulgado pelo Banco Central. Há um mês, a previsão
do IPCA para o próximo ano estava em 5,40%. Para os próximos 12 meses, a
projeção suavizada do IPCA também subiu, de 5,46% para 5,55%, chegando à sexta
alta seguida. Há quatro semanas, a estimativa era de 5,37%.
Entre
as instituições financeiras que mais acertam suas previsões - o chamado Top 5
-, no cenário de médio prazo, a mediana das expectativas o IPCA deste ano subiu
de 5,59% para 5,69%. Um mês antes, estava em 5,43%. Para 2013, no entanto,
essas mesmas instituições reduziram a projeção para a inflação de 5,57% para
5,52%. Há quatro semanas, a estimativa era de 5,64%.
Para
o IPCA neste mês, a mediana de todas as instituições ouvidas pelo BC subiu de
0,57% para 0,67%, com a quarta alta consecutiva. Há quatro semanas, a
estimativa para este mês era de 0,51%. Para janeiro de 2013, a projeção foi
elevada de 0,69 % para 0,73%. Há um mês, estava em 0,67%.
FONTE:
Estadão Conteúdo
MODELO CONSEGUE ESTIMAR FRETE DE FERTILIZANTES
A
Escola Politécnica (Poli) da USP desenvolveu um modelo que estima os preços dos
fertilizantes a partir do valor de seus fretes. O preço dos produtos foi
calculado desde o momento em que eles chegam nos portos brasileiros. Para o
estudo, a engenheira de transportes Renata Marconato analisou os produtos dos
portos de Paranaguá, no Paraná, Santos, no litoral de São Paulo, e do Porto de
Rio Grande, no Rio Grande do Sul.
–
Com esse modelo o produtor pode ver de onde é mais vantajoso importar seu
fertilizante, pois o valor do frete influencia seu valor final – diz ela.
A
pesquisadora explica que cada porto tem sua zona de influência, então para cada
um deles foi desenvolvido um modelo específico. A dissertação de mestrado foi
apresentada no mês de novembro e orientada pelo professor José Alberto
Quintanilha.
A
estimativa dos preços dos fretes foi feita a partir de três modelos diferentes:
análise de regressão, interpolação e geoestatística. Os preços de fretes
utilizados para gerar os modelos referiam-se aos anos de 2008, 2009 e 2010, nos
três portos.
Comparando
valores reais com os valores encontrados nas três experiências, constatou-se
que o modelo mais eficiente foi aquele gerado pelo interpolador. Foi ele,
então, utilizado para gerar os modelos de fretes, estudar as áreas de
influência dos portos e simular mudanças nestas configurações.
FONTE:
Agência USP
AGROPECUÁRIA FOI MARCADA PELA DIVERSIDADE CLIMÁTICA EM 2012
Maíra
Bittencourt
O
ano de 2012 foi marcado pela diversidade climática. O tempo ajudou no
desenvolvimento da soja e do milho no Centro-Oeste, onde a safra foi recorde.
Entretanto, foi também o clima que assolou lavouras inteiras no interior
nordestino, com a maior seca dos últimos 30 anos.
Verão
Os
meses de verão foram marcados pelo tempo seco em grande parte do Brasil. Nas
regiões Sudeste e Centro-Oeste, o sol ajudou nos trabalhos de colheita da soja,
do milho, da cana e do feijão. Na região Sul, foi bom para colheita do arroz.
Entretanto, prejudicou o desenvolvimento inicial do milho segunda safra nos Estados
do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Já na região Nordeste, chuvas
abaixo do normal deram entrada a um ano marcado por muitos problemas com a seca
na região.
Outono
O
outono começou seco também no restante do país, mas aos poucos, com o enfraquecimento
do fenômeno La Niña, as chuvas retornaram. No Nordeste, a seca castigou as
lavouras. Já nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, o início do inverno foi
marcado pelo excesso de chuva.
Primavera
A
primavera começou ainda com clima de inverno, as fortes geadas atingiram a
região Sul, onde houve novas perdas para o milho e hortifrutigranjeiros.
Entretanto,
no Centro-Oeste e Sudeste, o tempo ajudou e muito. Sol e chuva na medida certa.
Aliado a isso, a tecnologia e o excesso de trabalho no campo fizeram com que o
Brasil se tornasse um dos mais importantes fornecedores de soja e milho para o
mundo. Safra recorde, preços históricos e plantações com a mais alta qualidade.
Por
fim, quando todos esperavam pelo fenômeno El Niño, as águas do pacífico não
chegaram a aquecer, dando espaço a um período de neutralidade. A neutralidade deve ser mais positiva para os
produtores no próximo ano.
FONTE:
Canal Rural
GOVERNO FIRMA ACORDO COM MAIS SEIS ESTADOS PARA IMPLANTAÇÃO DO CADASTRO AMBIENTAL RURAL
Letícia Luvison
O
Ministério do Meio Ambiente assinou nesta quinta, dia 20, acordos com mais seis
Estados para implementação do Cadastro Ambiental Rural (CAR). Os termos
firmados incluem Amapá, Alagoas, Paraíba, Roraima, Maranhão e Tocantins. O CAR
é uma exigência do novo Código Florestal para a regularização das propriedades.
No total, já são 18 os Estados que
assinaram os termos. O objetivo do Ministério do Meio Ambiente é concluir a
parceria com todos os Estados até 2014. O acordo permite que os Estados
recebam, gratuitamente, imagens de satélite das propriedades, o que é necessário
para a inclusão dos produtores rurais no cadastro.
Os
Estados terão dois anos para aderir ao CAR, que é pré-requisito para acessar
crédito e participar de programas de regularização ambiental. A suspensão de
multas também está incluída. Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella
Teixeira, a participação de todos os setores vai facilitar o trabalho.
—
É preciso diálogo, consenso, busca de solução e, sempre fundamentados na
ciência, bom senso e um olhar diferenciado para várias regiões do Brasil. Não
dá para discutir só a realidade da Amazônia, Santa Catarina ou Paraná — afirma
a ministra.
A
ideia é facilitar a identificação de Áreas de Preservação Permanente e Reservas
Legais nas propriedades. Hoje, cinco milhões de imóveis rurais no país precisam
estar dentro da lei ambiental.
—
Esse debate é um primeiro passo para um caminho político, que eu entendo que é
novo para área ambiental, de sustentabilidade, desenvolvimento do país e
inclusão social — completa Izabella.
FONTE:
Canal Rural
PRODUTORES PRECISAM FAZER A COBERTURA DO SOLO PARA MANTER A FERTILIDADE DAS LAVOURAS, ALERTA CONSULTOR DO SOJA BRASIL
A
Na primeira e segunda etapa da expedição Soja Brasil 2012/13, o fato técnico
que mais chamou atenção foi a enorme quantidade de solos descobertos nas
lavouras, sem nenhum tipo de cobertura. Um problema muito grave, já que a terra
é o grande patrimônio dos agricultores.
Os
solos precisam ser protegidos. Protegidos contra o calor promovido pelo sol,
contra a erosão eólica provocada pelos ventos e contra o estrago feito pelas
águas das chuvas.
O
calor afeta muito as condições microbiológicas dos solos. Um grande número de
microrganismos, fungos, bactérias, actinomicetos e, principalmente,
microrganismos solubilizadores, responsáveis pela oferta de nutrientes para as
plantas, são muito afetados pelo excesso de calor na camada superficial e tudo
isso diminui a fertilidade dos solos.
A
erosão eólica arrasta, pela ação do vento, grande quantidade de areia e argila
da camada superficial dos solos. As águas das chuvas - o problema mais sério -
produzem uma série de fatos negativos. O impacto das gotas de chuvas contra o
solo destrói as estruturas da terra e o arrasto de grande quantidade de
nutrientes quando há escorrimento de água na superfície.
Os
efeitos negativos do calor, dos ventos e das águas podem ser evitados em todas
as regiões produtoras de soja no Brasil. Os solos podem ser protegidos com um
conjunto de técnicas de preservação que incluem sistemas nos quais se cultivam
espécies que produzem grandes quantidades de palha.
Milheto,
braquiária, aveia e trigo são espécies que produzem palha com relação C/N alta,
de decomposição lenta. O cultivo do milheto, solteiro, durante dois meses,
produz palha suficiente para proteção do solo durante todo o ano, assim como a
braquiária, cultivada em consórcio com o milho safrinha.
Os
efeitos de adubos químicos são inócuos para a efetivação das reações químicas
necessárias nos processos de solubilização dos nutrientes quando os solos não
oferecem umidade e a ação dos microrganismos e temperaturas são amenas.
FONTE:
RuralBR
ELETROSUL INAUGURA HIDRELÉTRICA NO RIO GRANDE DO SUL
A Eletrosul inaugurou nesta sexta, dia
21, a Hidrelétrica Passo São João, entre os municípios de Roque Gonzales e
Dezesseis de Novembro (RS). Com investimento de R$ 600 milhões, a usina,
viabilizada pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), vai gerar energia
suficiente para abastecer aproximadamente 580 mil habitantes. O empreendimento
faz parte de um conjunto de investimento da Eletrosul de mais de R$ 4 bilhões
na região Sul.
Em
Sant'Ana do Livramento, no Rio Grande do Sul, a estatal implantou seu primeiro
empreendimento eólico, o Complexo Cerro Chato, com 90 megawatts (MW) de
capacidade. As obras começaram em maio de 2011. No entorno da localidade, a
Eletrosul está construindo o Complexo Eólico Livramento, com 78 MW, e mais dois
parques eólicos, um em Santa Vitória do Palmar e outro em Chuí, que somam 402
MW.
FONTE:
Agência Brasil
EMBRAPA E UNICAMP ASSINAM CONVÊNIO PARA DESENVOLVER PLANTAS MAIS RESISTENTES À MUDANÇAS CLIMÁTICAS
Maíra
Bittencourt
A
Embrapa assinou na última quinta, dia 20, um convênio com a Unicamp (Universidade
Estadual de Campinas) para desenvolver pesquisa em genética para plantas mais
resistentes às mudanças climáticas.
O
aquecimento global vem promovendo mudanças nos padrões climáticos nos últimos
anos, como estiagem em época de chuva, excesso de precipitação quando o normal
seria tempo seco, granizo e geada na época de maturação de fruto, por exemplo.
Mesmo assim, a produção de alimentos não pode correr risco de grandes perdas.
–
Estamos estabelecendo uma unidade mista que vai integrar pesquisadores e
infraestrutura da Embrapa e da Unicamp para buscarmos novas alternativas para
adaptar a agricultura brasileira às mudanças de clima e amenizar a
intensificação dos estresses que virão com as mudanças climáticas globais –
afirma o reitor da Unicamp, Fernando Costa.
–
A Unicamp fornecerá estrutura importante de sequenciamento de DNA e a Embrapa,
seus especialistas, com o seu conhecimento – disse o presidente da Embrapa,
Maurício Lopes.
A
pesquisa deve ter duração inicial de 10 anos. Hoje, são 12 pesquisadores
envolvidos no projeto. Dentro de cinco anos, a expectativa é que chegue a cem
estudiosos. O foco deve ser as culturas mais expressivas no Brasil, como soja e
milho. Mas segundo Paulo Arruda, professor coordenador do projeto, a base
genética poderá ser usada para as mais diversas culturas.
–
São tecnologias que têm um amplo leque de aplicações, ou seja, será possível, utilizando
essas tecnologias, desenvolver plantas de qualquer cultura que sejam mais
tolerantes ou resistentes em ambientes que têm estresse por causa das mudanças
climáticas – explica o professor.
Para
os produtores rurais, as plantas mais resistentes podem chegar até mesmo antes
do término da pesquisa.
–
Trabalhamos com uma janela de tempo de cinco a 10 anos – afirma Arruda.
FONTE:
Canal Rural
EMATER ASSINA CONVÊNIO PARA CRIAÇÃO DE 135 UNIDADES DE PRODUÇÃO AGROECOLÓGICA NO RIO GRANDE DO SUL
A
Emater/RS-Ascar assinou na segunda, dia 17, um termo de cooperação para a
implantação de unidades de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável
(Pais) em conjunto com a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e
Cooperativismo (SDR), e as fundações Banco do Brasil (FBB) e de Educação para o
Associativismo (FEA). Pelo acordo, serão criadas 135 unidades em propriedade
rurais localizadas nas regiões mais pobres do Estado.
O
valor total do projeto é de R$ 1,25 milhão, com apoio financeiro da FBB. A
Emater/RS-Ascar prestará assistência técnica na implantação do programa e a SDR
definirá os locais e as famílias beneficiadas, além da coordenação do Pais. À
FEA caberá o repasse da tecnologia do programa, por meio de capacitação de
técnicos e produtores.
Para
o presidente da Emater/RS, Lino De David, essa parceria permite o
desenvolvimento de uma tecnologia social que faz a inclusão social das famílias
para que, assim, possam efetivamente produzir e colocar o seu produto no
mercado, seja no tradicional ou nas políticas de comercialização.
O
projeto de produção desenvolve uma proposta tecnológica baseada nos princípios
da agroecologia e trabalha os aspectos da organização, da comercialização da
produção de alimentos, em um primeiro momento para subsistência, e, em uma
segunda etapa, para a comercialização, integrando as diferentes políticas
públicas existentes.
–
É uma experiência tecnológica, mas também metodologicamente inovadora para
trabalhar os princípios agroecológicos de produção, especialmente de
hortigranjeiros. Ele é integrado do ponto de vista do sistema de produção –
avaliou o diretor técnico da Emater/RS, Gervásio Paulus.
Sistema
Pais
O
sistema de Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais) é uma
tecnologia idealizada, em 1999, pelo engenheiro agrônomo senegalês Aly Ndiaye,
e adotada por aproximadamente sete mil famílias de pequenos agricultores de 19
Estados brasileiros. O projeto tem como objetivo principal a segurança
alimentar, buscando o desenvolvimento sustentável.
Em
uma pequena área, o agricultor pode diversificar a produção integrando horta,
pomar e avicultura, tendo como resultado a sustentabilidade econômica e
ecológica da propriedade. No sistema, são adotadas técnicas específicas de
otimização de recursos naturais e socioeconômicos, respeitando a integridade
cultural das comunidades rurais. O sistema proporciona à família condições de
produzir seu sustento e independência de insumos externos à propriedade.
FONTE:
Rural BR/ Governo do RS
ISLA DISPONIBILIZA SEMENTES DE ÁRVORES NATIVAS
Carla
Rossa
Um lançamento
aguardado há muito tempo no Brasil. A Isla começa a disponibilizar sementes de
árvores nativas com qualidade e origem comprovada e de acordo com as normas
vigentes no país. A iniciativa, cem por cento nacional, em parceira com o
Instituto Brasileiro de Florestas, tem como objetivo fomentar o projeto
Sementes do Trabalho, que promove a coleta de sementes nativas de forma correta
e segura. "Queremos, através dessa iniciativa, proporcionar uma fonte de
trabalho sustentável para os agricultores familiares, comunidades indígenas e
ribeirinhas", destaca a presidente da Isla, Diana Werner. Outro objetivo é
contribuir com sementes para ações de restauração e compensação ambientais,
como por exemplo, as do Novo Código Florestal Brasileiro e as obras realizadas
em decorrência da Copa do Mundo 2014 e das Olimpíadas 2016.
Durante muitos
anos, a Isla almejou trabalhar com sementes de árvores nativas, mas a principal
barreira era a ausência de legislação específica para a produção e
comercialização das sementes, fazendo com este mercado acontecesse na
informalidade. "A Instrução Normativa que regulamenta a Produção, a
Comercialização e a Utilização de Sementes e Mudas de Espécies Florestais,
Nativas e Exóticas, publicada em dezembro de 2011, pelo Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento é o primeiro passo para mudar o cenário e
garantir a procedência, identidade e qualidade de sementes de árvores
nativas", afirma o diretor de Planejamento Estratégico da Isla, Andrei
Santos.
Entre as
espécies a serem comercializadas estão cultivares indicados para ornamentação e
reflorestamento ambiental, abrangendo todas as regiões brasileiras, como a
Aroeira Pimenteira, Araçá Amarelo, Urucum, Canafístula, Jurubeba, Goiaba
Vermelha, Pau Fava e Tucaneiro.
As embalagens
trazem informações relativas a plantio, época e origem da espécie. As novas
sementes estão disponíveis nas embalagens para uso profissional Isla Pro. Em
consonância com a ideia de sustentabilidade, os envelopes são confeccionados
com papel reciclado.
FONTE: Grupo Cultivar
SAFRA RECORDE DE CAFÉ NO CICLO DE 2012/13 PRESSIONA PARA BAIXO COTAÇÃO DO ARÁBICA
Os preços do
café arábica vêm recuando no mercado internacional desde meados de agosto e,
consequentemente, no físico brasileiro. Os valores atuais retornaram ao nível
de 2010, bem inferior ao de 2011, quando as médias atingiram patamares recordes
no Brasil, em termos nominais.
Segundo o
Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as desvalorizações
estão atreladas, entre outros fatores, à maior oferta brasileira de arábica na
safra 2012/2013, que foi recorde. Desde que os preços iniciaram o movimento de
queda, o ritmo de negócios tem se mantido bastante lento. No médio prazo,
contudo, a expectativa de agentes do mercado é de recuperação tanto da liquidez
quanto dos preços. A motivação viria da oferta mundial justa frente à demanda.
Quanto ao mercado nos últimos dias, segundo os pesquisadores, o ritmo de
negócios no Brasil esteve lento.
Colaboradores
do Cepea comentam que, nas próximas semanas, a liquidez deve diminuir ainda
mais. O Indicador do Cepea/Esalq do arábica tipo 6 bebida dura para melhor,
posto na capital paulista, finalizou a R$ 344,62 por saca de 60 quilos nessa
quarta, dia 12, leve alta de 0,47% entre 5 e 12 de dezembro.
FONTE: Cepea
SEIS ESTADOS CONCENTRAM 60% DAS RIQUEZAS GERADAS PELA AGROPECUÁRIA BRASILEIRA, MOSTRA IBGE
As riquezas
geradas no campo no Brasil estão concentradas em seis Estados , que
somados respondem por 60,9% do Produto Interno Bruto (PIB) agropecuário. Em
primeiro lugar, aparece Minas Gerais, responsável por 15,2% do total nacional,
seguido por São Paulo (11,3%), pelo Rio Grande do Sul (11,1%), pelo Paraná
(9,3%) e por Goiás (7%). O sexto colocado é o Estado de Mato Grosso, com 6,9%
do PIB agropecuário brasileiro.
Os dados fazem
parte da pesquisa Produto Interno Bruto dos Municípios 2010, divulgada na quarta,
dia 12, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se forem
considerados os dez maiores Estados em renda agropecuária, chega-se a 79,1% do
total. Em sétimo lugar está a Bahia, que responde por 5,7%, seguida por Santa
Catarina (5,1%), pelo Maranhão (4,1%) e por Mato Grosso do Sul (3,4%).
A agropecuária
foi responsável por agregar R$ 171,1 bilhões ao PIB brasileiro em 2010,
superando em R$ 13,9 bilhões o resultado alcançado em 2009 (R$ 157,2 bilhões).
Os produtos que tiveram as maiores altas em valores foram café (34,4%), laranja
(28,3%), mandioca (23,7%), banana (19,9%), algodão (19,4%) e cana-de-açúcar
(14,9%).
Entre os
principais municípios com produção agropecuária, o ranking é liderado por
Cristalina (GO), com R$ 624,1 milhões; Petrolina (PE), com R$ 620,3 milhões;
São Desidério (BA), com R$ 559,6 milhões; Uberaba (MG), com R$ 551,2 milhões;
Rio Verde (GO), com R$ 547 milhões; e Jataí (GO), com R$ 537 milhões.
FONTE: Agência Brasil
PESQUISADORES E BOLSISTAS DISCUTEM NOVAS LINHAS DO CONHECIMENTO E VALORIZAM INICIAÇÃO CIENTÍFICA EM CONGRESSO
Cristiane
Betemps
Embrapa
Clima
Três dias para
valorizar o trabalho dos bolsistas de pesquisa foi planejado pela Embrapa Clima
Temperado (Pelotas/RS) ao reunir, nesta semana, cerca de 138 trabalhos
técnico-científicos, privilegiando diversas áreas do conhecimento, em especial,
a das Ciências Agrárias. O IV Congresso de Iniciação Científica da Embrapa
Clima Temperado, evento tradicional realizado de dois em dois anos, estimula a
renovação de pesquisadores e contribui para melhoria da programação de pesquisa
da Empresa.
Tendo foco no
futuro, a temática desta edição trouxe Ciência e Inovação para 2050: Qual o
futuro que queremos? Segundo o chefe-geral Clenio Pillon, a Embrapa está dando
sua contribuição com reflexões a serem dadas às mudanças que serão necessárias
à Agricultura nos próximos tempos. “Temos uma das maiores carteiras de projetos
de pesquisa da Embrapa e a nossa responsabilidade não é somente na produção de
alimentos a qualquer custo, mas com tecnologias sustentáveis e de qualidade. Os
estagiários e bolsistas são uma força de trabalho que dão riqueza a nossa
missão”, destacou.
O evento
organizado para envolver interessados em Ciência e Tecnologia trouxe
especialistas para fomentar a pesquisa a ser realizada no futuro. “A sociedade
espera da Agricultura novos papéis e as bases técnico-científicas da
agricultura sustentável impõe discutir questões emergentes que precisam ser
debatidas”, explicou a coordenadora do evento e pesquisadora Caroline Marques
Castro. Ela falou que a grande razão do evento são os trabalhos técnicos dos
acadêmicos. “Sem os trabalhos dos bolsistas não aconteceria o Congresso”,
completou.
Sobre a
discussão realizada sobre a temática do evento para daqui cerca de 40 anos, a
coordenadora argumentou: “A pesquisa está sempre trabalhando para o futuro”,
disse. Enquanto que as acadêmicas de Agronomia da UFPel, Taise Carbonari, da
Graduação e Daniela Priori, do Doutorado, concordaram que é possível discutir
abordagens para os próximos anos. “Estamos em evolução hoje, temos que pensar
em nossas atividades que estamos realizando, agora, daqui a cinco ou seis anos.
E tem sim, como projetar para 40 anos”, falou Daniela. Taise vê que este
intervalo de tempo traz ansiedade e insegurança, mas faz parte do processo de
pesquisa. “O planejamento é fundamental, mesmo que se tenha essa insegurança, o
método de pesquisa sempre vai exigir essa condição: planejar”, comentou
Daniela.
A pesquisadora
Angela Campos Diniz sempre participa do Congresso, através de seus bolsistas de
pesquisa, pois entende que é um momento para incentivar os acadêmicos a
realização de pesquisas, aquisição de experiência, segurança em apresentação
oral e é importante para quem quer seguir a carreira acadêmica. “Todo mundo
fica igualmente nervoso, é uma oportunidade de contemplar, também, o nosso
trabalho”, destacou.
No início das
manhãs do Congresso aconteceram as apresentações de novas estruturas de
funcionamento de programas de pesquisa, seguidas ao longo do dia, por
apresentações de trabalhos técnico-científicos pelos bolsistas.
No primeiro
dia foram apresentados 66 trabalhos técnicos simultaneamente, sendo divididos
em sessões temáticas voltadas às questões de recursos genéticos, melhoramento e
biodiversidade; comunicação e transferência de tecnologias; sistemas de
produção de frutas e hortaliças; sistemas de produção de grãos em terras
baixas; desenvolvimento de novos insumos; agroecologia. Já no segundo dia, 63
trabalhos técnicos, também simultâneos, foram compartilhados com o público
versando sobre recursos genéticos, melhoramento e biodiversidade; pós-colheita
e agregação de valor; sistemas de produção de leite e integração
lavoura-pecuária-floresta; agroenergia; recursos naturais e planejamento
ambiental. O último dia, ficou reservado a apresentação de nove trabalhos,
seguido das premiações.
Das palestras e discussões
A abertura do
Congresso contou com a presença do professor da UFRGS e membro do grupo
Assessor Especial da Diretoria de Relações Internacionais da Capes, Luiz Carlos
Federizzi que discorreu sobre o Programa Ciência sem Fronteiras: Ciência e
Inovação, através do intercâmbio de conhecimento. Federizzi empolgou a platéia
com as possibilidades que o programa possui de viabilizar capacitação e
pós-graduação direcionadas às universidades estrangeiras. “No mundo cresce 4% a
produção científica, o Brasil já está ultrapassando esta taxa”, comenta. Mas,
segundo ele, o país precisa crescer muito mais, e o Ciência sem Fronteiras, um
programa do Governo Federal, vem estimular esta importância e necessidade
brasileira. “Estamos titulando mais de 40 mil/ano, a ideia é chegar a 44
mil/ano”, destacou. O professor divulgou que o programa pretende atingir 101
mil bolsas de estudo, inclusive para graduação no estrangeiro, mestrado,
doutorados e pós-doutorados e especializações técnicas até 2015.
O coordenador
da Divisão de Desenvolvimento Tecnológico Regional da Secretaria da Ciência,
Inovação e Desenvolvimento Tecnológico do Estado, Alberto Rossi, tratou de
aproximar os participantes dos projetos que a Secretaria apóia no âmbito do Rio
Grande do Sul.
O painel de
Integração dos Programas de Pós-Graduação com a Programação de Pesquisa da
Embrapa Clima Temperado foi feito para mostrar a interface existente entre as
ações de pesquisa da Unidade e o corpo docente pertencente aos cursos de
Pós-Graduação em Agronomia, Manejo de Solo e Água, Fitossanidade, Fisiologia
Vegetal, Ciência e Tecnologia de Alimentos, Zootecnia, Sistemas de Produção
Agrícola Familiar e Enfermagem da UFPel.
E a palestra
do diretor de pesquisa para América Latina e Caribe do Centro Internacional de
Agricultura Tropical ( Ciat), Elcio Gomes, tratou de mostrar a nova estrutura
dos centros internacionais de pesquisas, através da instalação de 15 programas
integrados entre todos os países para atender os desafios de alimentar a
população em 2050.
Entre as
novidades desta edição, o Congresso contou com a maioria de apresentações
orais, e uma nova área de divulgação técnica foi proposta através de quatro
vídeos técnicos atendendo as áreas de Cultura de Tecidos e produção de culturas
como a cebola e o arroz irrigado.
Para Elisa
Santos, acadêmica e bolsista do Laboratório de Reprodução Animal, a experiência
de ver o que os outros estão fazendo de trabalho científico é importante. “É
bom também por que a gente aprende a se comunicar melhor”, enfatizou.
Dos trabalhos
apresentados no Congresso, receberam o certificado de Trabalho Destaque neste
ano, as acadêmicas Andressa Curtinaz e Tainã Figueiredo Cardoso, na categoria
Iniciação Científica, orientadas pela pesquisadora Lígia Cantarelli Pegoraro; e
a acadêmica Marene Machado Marchi, na categoria Pós-Graduação, orientada pela
pesquisadora Rosa Lia Barbieri.O vídeo sobre a cultura da Cebola Orgânica
também recebeu menção de destaque.
FONTE: Grupo Cultivar
JOVEM DESENVOLVE MÁQUINA PARA COLHEITA DE FUMO NO RIO GRANDE DO SUL
Vanessa
Kannenberg
A soma de
peças sucateadas, o motor de motocicleta e a experiência no campo resultou em
facilidade, conforto e agilidade na hora de colher tabaco em uma propriedade do
município de Venâncio Aires, no Rio Grande do Sul. A origem da equação saiu da
cabeça de um jovem, então com 14 anos, que construiu uma máquina para melhorar
as condições da etapa mais estressante do cultivo de fumo. A engenhoca já foi
apresentada em feiras de todo o país.
Tradicionalmente
manual, a colheita provoca desgaste físico, principalmente nas lavouras de fumo
tipo estufa, em que o processo é feito em sucessivas apanhadas.
– Vivendo
essas dificuldades na pele, e vendo meus pais se queixarem de dor nas costas,
cansaço e calor, me perguntei: tem de haver algum equipamento que possa ajudar
– conta Fábio Ferreira Faleiro, hoje com 16 anos.
A inquietação,
compartilhada com o vizinho Cristian da Rosa Wilges, 31 anos, começou a se
transformar em rabiscos de uma engenhoca em outubro de 2010.
– Eu tinha a
ideia e, ele, a experiência com máquinas e com o campo. A primeira versão ficou
pronta um mês depois – recorda Faleiro.
A estrutura
foi desenvolvida com materiais reaproveitados. Medindo três metros de altura, 1,5 metro de largura e 2,25 metros de
comprimento, a engenhoca foi sendo melhorada e, neste ano, já ajuda na terceira
safra dos Faleiro, que devem colher 70 mil pés de fumo. Na primeira reforma,
ganhou um toldo removível.
– Quero
colocar direção hidráulica, marcha a ré, pneus de trator e tração nas rodas da
frente – acrescenta Fábio.
Movida a
gasolina, a máquina pode levar até três pessoas, além do motorista. Retirado de
uma moto, o motor de 125 cilindradas foi acoplado à máquina e modificado para
reduzir a velocidade – entre meio e um quilômetro por hora. A engenhoca tem
cinco marchas, embreagem, quatro pneus de carro e tração traseira. Os pneus
traseiros foram revestidos com correntes, aumentando a aderência ao solo.
Faróis garantem luz a colheitas noturnas.
– Acho que não
vai demorar para todo mundo ter uma dessas máquinas em casa – projeta o pai de
Fábio, Sidinei Faleiro.
Gerente
técnico da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Iraldo Backes
conhece o invento e confirma a efetividade da máquina. No entanto, acredita que
é específica.
– Funciona, e
bem, naquele local, porque é totalmente plano. Mas em locais íngremes, não
daria certo. Precisaria de pesquisas e aprimoramento para alcançar mais
produtores.
Uma engenhoca de vantagens
Chamado de
Máquina Auxiliar no Cultivo do Tabaco, o equipamento tem uma série de
benefícios:
Baixo custo: o criador da máquina
calcula que tenha gasto em torno de R$ 4,5 mil para construí-la. O valor se
refere à compra de materiais sucateados, já que o motor ele tinha em casa e a
mão de obra não teve custo.
Evita desgaste físico: a engenhoca
facilita o trabalho porque leva os produtores sentados, evitando o desgaste
físico de ter que se abaixar para colher as folhas e as consequentes dores na
coluna e cansaço.
Mais agilidade: cálculos da família
Faleiro indicam que o uso do equipamento deixa a colheita 50% mais rápida.
Enquanto três pessoas a pé retiram cerca de 400 varas de fumo por dia, com a
máquina são 600 varas (equivalente a uma fornada).
Econômica: a engenhoca consome, em
média, 0,75 litro
de gasolina durante um dia inteiro de trabalho na lavoura.
FONTE: Zero Hora
ROTAÇÃO DE CULTURAS PLANEJADA AJUDA A MANTER PERMANENTE COBERTURA DE SOLO E A CONTROLAR PLANTAS DANINHAS NA SOJA
O sistema de
plantio direto (SPD) pressupõe a cobertura permanente do solo que,
preferencialmente, deve ser feita com as culturas comercias ou, quando não, por
culturas de cobertura do solo. Esta cobertura deverá resultar do cultivo de
espécies que disponham de certos atributos como a grande produção de massa
seca, a elevada taxa de crescimento, a tolerância à seca e ao frio, a não
infestação de áreas, o fácil manejo, o sistema radicular vigoroso e profundo, a
elevada capacidade de reciclagem de nutrientes, a fácil produção de sementes,
entre outros.
A pequena
produção de palha pela soja, aliada à rápida decomposição dos seus resíduos,
pode tornar-se um problema para a viabilização do SPD, especialmente quando
essa leguminosa é cultivada como monocultura. Para contornar essa dificuldade,
a soja deve compor sistemas de rotação de culturas adequadamente planejados.
Com isso, haverá permanente cobertura e suficiente reposição de palhada.
Em Toledo
(PR), um grupo de agricultores pratica uma sucessão de culturas que produz
cobertura do solo durante praticamente todo o ano/safra. A soja é semeada no
início de outubro e colhida no final de janeiro ate o início de fevereiro. Em
seguida é semeado o milho safrinha que será colhido em meados de julho. Logo
após é cultivada a aveia preta, que durante dois meses vai produzir massa,
sendo esta dissecada para a nova semeadura de soja.
Essa sucessão
de culturas em um mesmo ano/safra irá produzir uma diversidade e um volume de
massa seca, além de ser um excelente controle de plantas daninhas como a buva.
FONTE: RuralBR
SÃO GOTARDO/MG RECEBERÁ CERCA DE R$ 6 BILHÕES EM INVESTIMENTOS PARA A EXPLORAÇÃO DE POTÁSSIO
A Verde
Fertilizantes se instalou há cinco anos na vizinha cidade de São Gotardo onde
desenvolve projeto de exploração de Potássio. A empresa calcula investimentos
que podem chegar a R$ 6 bilhões até 2015 e a oferta de mil empregos diretos e
outros 2 mil indiretos. Somente no período de pesquisas tecnológicas e minerais
já foram investidos R$ 50 milhões e a fase de construção deve gerar 10 mil
empregos.
O empreendimento
entra na fase de licenciamento ambiental e uma Audiência Pública com a presença
do Conselho de Política Ambiental – Copam e da comunidade local foi realizada
no Parque de Exposição de São Gotardo para discutir a exploração de Potássio na
cidade. O deputado estadual Bosco e o presidente da ACIA, Marcio Farid, também
participaram do evento e falaram aos presentes da experiência bem sucedida de
Araxá em relação a mineração. Os empresários José Donaldo Bittencourt Júnior,
João Bosco Senna de Oliveira e o advogado Benedito Gonzaga Teixeira também
representaram Araxá no evento.
O diretor
administrativo/financeiro da Verde Fertilizantes, Nilson Mundim, afirma que
apresentou o estudo de impacto ambiental durante a audiência pública com o
Copam e que espera obter a licença ambiental até março de 2013. “No ano que vem
vamos partir para a fase de financiamento que deve durar de 6 a 9 meses com o início das
obras de construção previstas para dezembro de 2013 e o início da produção no
último trimestre de 2015” ,
explica Mundim.
Segundo ele,
São Gotardo tem uma das maiores minas a céu aberto de potássio do mundo.
“Atualmente o Brasil importa 90% do potássio utilizado no país. A Verde
Fertilizantes vai produzir inicialmente em São Gotardo 600 mil
toneladas/ano com perspectiva de chegar em 2019 com uma produção de 3 milhões
de toneladas/ano. O potencial da reserva da região foi calculado em 8 milhões
de toneladas de produção por ano, sendo que o Brasil consome hoje 12 milhões de
toneladas/ano”, revela o diretor.
“Os cálculos
já realizados mostram que para se chegar a produção de 3 milhões de
toneladas/ano serão necessários um total de R$ 6 bilhões a serem investidos nos
próximos seis anos. Em relação a empregos, no pico das obras de implantação da
mineração poderemos ter até 10 mil pessoas trabalhando em empregos temporários.
Para a operação da Verde Fertilizantes teremos uma oferta de mil empregos
diretos e 2 mil empregos indiretos”, calcula Mundim.
Segundo ele,
haverá a abertura de muitas vagas de empregos de qualidade para profissionais
técnicos que poderão ser contratados em toda a região e treinados pela Verde
Fertilizantes. “O impacto positivo deste empreendimento vai atingir todas as
cidades desta região com a geração de renda e empregos”, concluiu o diretor.
FONTE: Jornal de Araxá
YARA E EMBRAPA ASSINAM ACORDO DE COOPERAÇÃO SOBRE FERTILIZANTES
A mutinacional
norueguesa de fertilizantes Yara e a Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa) assinaram nesta terça-feira um acordo de cooperação que
prevê a geração de conhecimento e tecnologias relacionadas ao uso eficiente de
adubos e o impacto ambiental em diversas culturas agrícolas tropicais.
A primeira
etapa da parceria será o estudo sobre fertilizantes com diferentes formas de
nitrogênio, a eficiência agronômica e a pegada de carbono nas diferentes
culturas e regiões brasileiras. Esta fase terá a participação de técnicos da
Embrapa e da Yara no Brasil e no mundo.
No próximo
mês, estão previstas reuniões entre as equipes dos parceiros no Centro de
Pesquisas de Hanninghof da Yara, em Dülmen, na Alemanha, para discutir os
detalhes do projeto. “O acordo une o conhecimento da Embrapa na agricultura
tropical à Yara, trazendo ao agricultor brasileiro soluções de nutrição mais
competitivas, combinando qualidade e rendimento em diferentes culturas”, diz
Lair Hanzen, presidente da Yara Brasil, em comunicado divulgado pela companhia.
A parceria
pretende minimizar a “pegada de carbono” (carbon footprint) dos fertilizantes
no Brasil, uma vez que quanto menor for o impacto ambiental na produção de
alimentos, maior será a aceitação do mercado internacional e menores serão as
barreiras não-tarifárias para os produtos agrícolas brasileiros.
FONTE: Valor Econômico
NUTRIPLANT BUSCA AMPLIAÇÃO DAS VENDAS DE ADUBOS ESPECIAIS
A empresa de
fertilizantes especiais Nutriplant pretende ampliar a participação da companhia
no mercado e aumentar as vendas de micronutrientes e adubos especiais. Esse
mercado no Brasil cresce a uma taxa de 9% ao ano, segundo dados da Informa
Economics. A receita líquida da companhia atingiu R$ 41,4 milhões de janeiro a
setembro, aumento de 71% sobre o mesmo período do ano passado.
Em
apresentação para acionistas e analistas, o diretor-presidente e de relações
com investidores da Nutriplant, Ricardo Pansa, afirmou que a companhia não tem
nenhum plano de aquisição de empresas já no próximo ano, mas uma das
estratégias é o crescimento por meio de aquisições. “Não deixamos de olhar
oportunidades”, disse.
Este ano, a
empresa vendeu sua unidade de produtos de solo para a Mixfértil, por R$ 24,5
milhões. A operação fez parte da reestruturação que uniu Nutriplant e Quirios,
ambas companhias controladas pela família Pansa, com o objetivo de
reorganização dos negócios e das finanças das empresas. Pansa ressaltou que
houve redução das despesas operacionais nos nove meses encerrados em setembro
como parte das sinergias da incorporação da Quirios. A dívida líquida caiu de
R$ 39 milhões no primeiro trimestre de 2011 para R$ 25 milhões no terceiro
trimestre deste ano. A Nutriplant registrou lucro líquido de R$ 10,9 milhões no
período de nove meses até setembro de 2012 ante um prejuízo de R$ 7,2 milhões
no mesmo intervalo do ano passado.
Pansa também
comentou que o mercado já está maduro para o processo de consolidação no
segmento de fertilizantes especiais, com as maiores empresas adquirindo as
menores. O diretor-presidente da Nutriplant também disse que toda empresa que
participa do segmento Bovespa Mais pretende chegar ao Novo Mercado da bolsa.
“Assim que a empresa atingir um nível de visibilidade e um volume de negociação
suficiente, entrará no Novo Mercado”, afirmou.
FONTE: Valor Econômico
PRODUÇÃO AGRÍCOLA GOIANA CRESCERÁ 20% NA SAFRA ATUAL
Mesmo com
atraso no plantio da soja, o terceiro maior produtor agrícola do País, o Estado
de Goiás, deve produzir mais de dezenove milhões de toneladas de grãos, com
crescimento de cerca de 20%, na safra 2012/2013, superando as expectativas da
Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), segundo a Federação de Agricultura
e Pecuária goiana (Faeg).
O presidente
da organização, José Mário Schneider, acredita que a produção estadual pode
chegar a vinte milhões de toneladas. A expansão ocupa parte de seis milhões de
hectares ainda disponíveis para a expansão das lavouras goianas, em meio a
quinze milhões de hectares de pastos degradados, de acordo com a Faeg. Contudo,
problemas de infraestrutura, principalmente a falta de energia elétrica,
comprometem o desenvolvimento agrícola de Goiás.
"Temos
problemas de licenciamento ambiental, oferta de energia elétrica e
irrigação", reconheceu Schneider, explicando que sistemas irrigantes são
necessários, a nível estadual, durante os veranicos que afetam as plantações no
primeiro trimestre, entre a colheita da soja e o plantio da segunda safra de
milho. "Hoje, o produtor goiano tem dificuldades enormes no acesso à
energia elétrica", acrescentou, sem precisar, quando questionado, o
tamanho do prejuízo.
Para ele, a
produtividade (relação entre volume produzido e área plantada) vem crescendo na
proporção de dois para um na última década. Entre a safra passada e a atual, o
volume produzido deve crescer 19,4% - enquanto o território das lavouras
aumentou 6,8%, para 4,4 milhões de hectares, segundo a Conab.
Schneider
disse que a demora na liberação de licenciamentos ambientais retarda a evolução
do agronegócio em Goiás. "Precisamos de um processo de licenciamento mais
acelerado. Não no ritmo da iniciativa privada, mas sem embaraços." E
reforçou que "a agricultura brasileira, de forma geral, tem apresentado
números positivos, com crescimento produtivo acima da expansão de área: um
fator positivo".
Em
questão de logística, o presidente da Faeg expôs falhas de suficiência e
localização da infraestrutura do agronegócio estadual. "Temos uma
estrutura de armazenagem razoável, mas incompatível com a necessidade [de
potenciais vinte milhões de toneladas]. O problema é que os armazéns estão,
muitas vezes, fora das regiões produtoras."
Logística
Schneider
lembrou que as federações agropecuárias do centro-oeste - Faeg inclusa - estão
elaborando um estudo logístico, coordenado pela Confederação Nacional da
Agricultura e Pecuária (CNA), para mapear as condições de infraestrutura da
região. O principal alerta relacionado à iniciativa, segundo o representante, é
a carência de centros intermodais de recebimento e distribuição de produtos.
O estudo deve
propor 150 intervenções logísticas para o centro-oeste, ao custo de R$ 120
bilhões. "Uma quantia inaplicável. O governo não investiria tudo isso. Mas
valem as propostas, e que algumas delas sejam consideradas", comentou
Schneider.
O
representante participou, na última terça-feira em Goiânia, do lançamento da
Expedição Safra 2012, organizada pela Gazeta do Povo, com participação
exclusiva - no caso da equipe que se dirigiu ao centro-norte brasileiro (região
do Matopiba, conhecida por ser a nova fronteira agrícola brasileira) - do DCI.
Na ocasião, empresários também falaram sobre o desenvolvimento de Goiás.
Para o
representante regional da multinacional UPL, fabricante indiana de agrotóxicos
com faturamento global de R$ 1,7 bilhão, Wilson Santos de Morais, "o
mercado goiano é extremamente promissor para o segmento de defensivos
agrícolas, com incremento de vendas (e produtividade) em soja, milho e
hortifrutigranjeiros. A região de Cristalina [GO] é a maior área irrigada da
América Latina".
FONTE: DCI
BUNGE VENDE NEGÓCIO DE FERTILIZANTES NO BRASIL À YARA
A Bunge
Limited anunciou na madrugada da sexta, dia 7, que firmou um acordo definitivo
com a Yara International ASA, no qual a Yara adquirirá o negócio de
fertilizantes da Bunge Brasil, incluindo misturadoras, armazéns e marcas, por
US$ 750 milhões, à vista. Após a aquisição, a expectativa é que a participação
da empresa no mercado brasileiro suba dos atuais 9% para 25%.
Em comunicado,
a Bunge informa que a transação prevê um acordo de longo prazo de fornecimento
de fertilizantes entre as duas empresas. Isso permitirá que a Bunge continue a
fornecer fertilizantes aos agricultores, como parte de suas atividades de
originação de grãos, criando uma estrutura para logística e outras atividades
comerciais relacionadas à venda de fertilizantes. A Bunge manterá e continuará
a operar o terminal de fertilizantes no Porto de Santos, no litoral paulista.
– Ambas as
empresas ganham com a transação, pois, por um lado, permitirá que a Bunge
dimensione suas atividades na área de fertilizantes, de forma que complemente
suas operações de agronegócio, conferindo maior agilidade à empresa. Por outro
lado, proporcionará à Yara uma posição maior em um mercado em crescimento. Temos
certeza de que a transação beneficiará nossos colaboradores e clientes, e que o
negócio continuará a crescer como parte do portfólio global da Yara – declarou
Alberto Weisser, chairman e CEO da Bunge Limited.
Juntas, as duas empresas produzem 7,5 milhões de toneladas de fertilizantes por ano.
A expectativa
é que a transação, que está sujeita às condições de fechamento de praxe,
incluindo aprovação pelos órgãos reguladores do Brasil, seja finalizada no
segundo semestre de 2013. O preço de compra está sujeito a certos ajustes
pós-fechamento.
A Yara
fertilizantes, com sede em Oslo, na Noruega, é considerada uma das maiores
fornecedoras mundiais de fertilizantes minerais.
FONTE: Canal Rural e Estadão
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DEPUTADOS DISCORDAM SOBRE LEI QUE AUTORIZA BIÓLOGOS A PRODUZIREM SEMENTES E MUDAS
Deputados
divergiram na quinta, dia 6, sobre o projeto de lei que autoriza o biólogo a
exercer a responsabilidade técnica pela produção, beneficiamento, reembalagem
ou análise de sementes em todas as suas fases. Eles participaram de audiência
pública na Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento
Rural sobre a proposta que altera a lei sobre o Sistema Nacional de Sementes e
Mudas, que impede os biólogos de assumir a responsabilidade pelas sementes e
mudas produzidas. Assim, só os engenheiros agrônomos e florestais podem exercer
a atividade.
O deputado
Ricardo Izar (PSD-SP), autor do projeto, destacou que, em muitos países, o
biólogo exerce a profissão e nem por isso ficam fora do mercado internacional
de produção de sementes. O parlamentar observou ainda que a produção de
sementes não é voltada apenas para o agronegócio.
– Também
existe a produção de sementes para o reflorestamento de biomas naturais. Essa
não seria uma atribuição dos biólogos? – questionou.
O relator da
matéria na comissão, deputado Jesus Rodrigues (PT-PI), também manteve posição
favorável ao projeto.
– Se o biólogo
estuda a vida, e a vida começa com a semente, entendi que ele poderia exercer a
atividade em relação à produção de sementes – destacou.
O
vice-presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia, Dirson Artur
Freitag, por sua vez, defendeu que a atividade de produção de sementes é muito
complexa e que apenas os engenheiros agrônomos e florestais detêm os
conhecimentos técnicos para a atividade.
– O único
profissional que tem o conhecimento da dinâmica da fertilidade do solo e da
fisiologia vegetal voltada à produção agrícola é o engenheiro agrônomo e o
engenheiro florestal – afirmou.
Segundo ele, a
tecnologia de produção de sementes envolve ainda outros conhecimentos
agronômicos não estudados pelos biólogos como climatologia, fitotecnia e a
aplicação dos agrotóxicos.
– São 51
variáveis que podem afetar a qualidade das sementes e das mudas, e não apenas o
estudo da genética – observou Freitag.
Reserva de mercado
Na audiência
pública, o representante do Conselho Federal de Biologia (CFB) Fernando Torres
reivindicou o fim da reserva de mercado para engenheiros agrônomos e florestais
na produção de sementes.
Segundo o
representante do CFB, os biólogos muitas vezes desenvolvem o trabalho, mas são
obrigados a transferir a responsabilidade técnica para engenheiros agrônomos e
florestais “que mal sabem do que se passa nos laboratórios”. Para Torres, “os
biólogos estão sendo obrigados a se esconder sob a assinatura de outros
profissionais”.
Ele disse
ainda que a atuação do biólogo na área poderia contribuir para atender demanda
reprimida de trabalho na área e ajudar no desenvolvimento do agronegócio
brasileiro. Além disso, destacou que os conteúdos para o exercício dessas
atividades constam do núcleo de formação básica dos biólogos.
Em
contrapartida, Freitag afirmou que a questão não se trata de reserva de mercado
e sim de capacidade e responsabilidade dos profissionais. O vice-presidente do
Conselho Federal de Engenharia e Agronomia afirmou ainda que não há demanda
reprimida no mercado e nem há espaço suficiente no mercado para todos os
profissionais.
– Na produção
de sementes devem ser observados padrões internacionais e o mercado
internacional é cada vez mais exigente – finalizou.
FONTE: Agência Câmara
CÓDIGO FLORESTAL: FALTA DE CLAREZA DA LEI E BUROCRACIA PREJUDICAM DIVISÃO DE PROPRIEDADE HERDADA
Um produtor de
Leme, no interior de São Paulo está enfrentando problemas para dividir entre os
irmãos uma propriedade herdada. O processo esbarra na burocracia e na falta de
clareza do novo Código Florestal.
Os 40 hectares deixados
pelos pais para Ismael Odmar Habermann e seus três irmãos são usados no plantio
de cana-de-açúcar, laranja e hortaliças. Há dois anos, foi dada a entrada da
documentação no cartório de matrículas para a divisão das terras. Até agora, a
família já desembolsou R$ 25 mil e ainda não conseguiu o que queria. De acordo
com o produtor, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo
(Cetesp) diz que eles precisam primeiro fazer a averbação da área de Reserva
Legal.
— Temos
reserva sobrando. Se você for ver pelo tamanho da propriedade, nós temos até
sobrando, mas o problema é fazer a reserva. Tem hora que dá vontade de largar
tudo — afirma Habermann.
A falta de
informação dos próprios funcionários dos órgãos públicos sobre o Código
Florestal é um dos principais embates, de acordo com os especialistas. Muitos
produtores rurais poderão ficar de mãos atadas até que o Cadastro Ambiental
Rural (CAR) esteja em prática no país.
— Primeiro
ponto é que não existe obrigatoriedade de averbar reserva legal. Se ele tem a
Reserva Legal, ele vai provar isso dentro do Cadastro Ambiental Rural e se ele
vai subdividir a propriedade, por uma questão de herança, essa área vai
continuar sendo de Reserva Legal e, possivelmente, os irmão vão compensar na
propriedade ele — diz o advogado Rodrigo Lima.
De acordo com
o advogado, Habermann poderia entrar com um mandado de segurança, mas o
processo judicial traria mais custos ao produtor.
— Eu esperaria
até o começo do ano, porque o Cadastro Ambiental deve ir para o ar muito em breve. Agora , se o
cadastro começar a demorar eu sugiro que ele procure um advogado, porque aí o
órgão ambiental estará agindo, no meu entender, de forma incorreta — recomenda
Lima.
Para o
advogado, o caso do produtor é preocupante.
— Esse caso é
interessante para ilustrar o quanto a questão da regularização ambiental gera
uma agenda densa para órgão estaduais e municipais em relação a absorver todas
as informações que vão ser levadas no CAR e monitorar o cumprimento da
regularização. Os Estados precisarão ter muita gente capacitada e treinada pra
implementar e para evitar essas desinformações — comenta.
FONTE: Canal Rural
PRODUÇÃO DE MADEIRA PROVENIENTE DA SILVICULTURA PASSA DE 33% PARA 77% EM UMA DÉCADA, DIZ IBGE
O aumento da
fiscalização e a maior conscientização ambiental no país levaram a uma inversão
na participação da extrativa vegetal e da silvicultura (florestas plantadas) na
produção primária florestal brasileira, segundo dados da pesquisa Produção da
Extração Vegetal e da Silvicultura 2011 (Pevs), divulgada na quinta, dia 6,
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O gerente da
pesquisa, Luís Celso Guimarães Lins, disse que o país vivenciou, nas últimas
décadas, uma transformação no setor de produção de madeira, com a expansão da
produção de toras de madeiras a partir de florestas plantadas.
– É só
observar que em 1990 a
extrativa vegetal chegava a responder por 67% de toda a madeira produzida,
enquanto a silvicultura era responsável por apenas 33% da madeira produzida nas
florestas brasileira. Cinco anos depois, em 1995, esse percentual já havia sido
invertido: a extrativa vegetal respondia por apenas 47% da madeira produzida,
enquanto a silvicultura saltava para 53% – afirmou.
Os números,
segundo o técnico do IBGE, foram sendo alterados ano a ano com a produção
decorrente da silvicultura e, uma década depois, em 2000, já respondia por 77%
da produção total de madeira.
– Não há
dúvidas de que a silvicultura vem crescendo ano a ano em detrimento da
extrativa vegetal. E dois são os fatores que levam a esse fenômeno: o aumento
da fiscalização, principalmente sobre os produtos madeireiros e a necessidade
das indústrias de suprir seus parques produtivos. Setores como o de celulose,
papel e papelão, siderurgia, móveis, todos estão procurando plantar as árvores
que viabilizarão sua própria produção – completou.
Segundo o
IBGE, em 2011, a
produção primária florestal do país somou R$ 18,1 bilhões. A silvicultura
contribuiu com R$ 13,1 bilhões (72,6%) e apenas R$ 5 bilhões vieram da
extrativa vegetal (27,4%).
Isoladamente,
a participação dos produtos madeireiros na extração vegetal, em 2011, foi de R$
4 bilhões, contra R$ 935,8 milhões dos produtos não madeireiros. Na
silvicultura, os quatro produtos madeireiros somaram R$ 13 bilhões, contra
apenas R$ 151,8 milhões dos não madeireiros.
De acordo com
o IBGE, os produtos não madeireiros do extrativismo vegetal que se destacaram
pelo valor da produção, em 2011, foram o coquilho de açaí (R$ 304,6 milhões);
amêndoas de babaçu (R$ 142,2 milhões); fibras de piaçava (R$ 123,4 milhões);
erva-mate nativa (R$ 118,0 milhões); pó de carnaúba (R$ 90,2 milhões); e
castanha-do-pará (R$ 69,4 milhões).
Em relação à
silvicultura, a Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas
(Abraf) divulgou que o Brasil tem sete milhões de hectares de florestas
plantadas, dos quais 69,6% são plantios de Eucaliptos; 23,4% de pinus; e 7%
plantios de outros gêneros.
Os dados da
Abraf indicam ainda que, em 2011, de um total de 139,9 milhões de metros
cúbicos produzidos de madeira em tora, 89,9% são oriundos das florestas
plantadas e apenas 10,1% do extrativismo vegetal.
A produção de
madeira em tora destinada para papel e celulose contribuiu com 60,3% no total
obtido pela silvicultura. Já a produção de carvão vegetal alcançou 5,478
milhões de toneladas, das quais 75,3% foram produzidas pela silvicultura e
apenas 24,7%, pela extração vegetal.
Na
participação da produção de lenha, o extrativismo vegetal colaborou com 42,1%,
de um total de 89,3 milhões de metros cúbicos, contra 57,9% da silvicultura. No
outro extremo, vem caindo a participação dos principais produtos madeireiros da
extração vegetal, com destaque para o carvão e a lenha, que apresentaram
decréscimo em suas produções (10,1% e 1,7%, respectivamente) quando comparados
com as obtidas no ano anterior.
FONTE: Agência Brasil
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